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Mundo Os Estados Unidos proíbem ministro cubano de entrar em território norte-americano

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Leopoldo Cintra foi proibido de entrar nos EUA. (Foto: Reprodução)

Os Estados Unidos proibiram a entrada em seu território do ministro cubano das Forças Armadas Revolucionárias, Leopoldo Cintra, acusado de violar os direitos humanos de opositores ao governo de Nicolas Maduro na Venezuela, informou nesta quinta-feira o secretário de Estado, Mike Pompeo.

O ministério liderado por Cintra “está envolvido em graves violações e abusos dos direitos humanos na Venezuela, incluindo tortura, maus-tratos e castigos cruéis, desumanos e degradantes” contra os opositores.

Segundo Pompeo, a medida também afeta os filhos do ministro: Deborah e Leopoldo Cintra González. “Desmantelar a democracia da Venezuela aterrorizando os venezuelanos para que se submetam é o objetivo do MINFAR e do regime cubano”, declarou Pompeo.

A medida se baseia na autoridade do secretário de Estado de negar a entrada no país de qualquer estrangeiro envolvido em “corrupção significativa” ou “violação grave dos direitos humanos”. O governo de Donald Trump, que acusa Havana de ser um dos principais aliados de Maduro, exortou a comunidade internacional a aderir à pressão sobre Havana.

“Alentamos firmemente outros governos e organizações internacionais a continuar denunciando a responsabilidade do regime cubano nas violações e abusos dos direitos humanos e das liberdades fundamentais em Cuba, Venezuela e outros lados”, declarou Pompeo.

Estados Unidos e outros 50 países tentam forçar a saída de Maduro e a realização de eleições livres e transparentes na Venezuela, e reconhecem o líder opositor e chefe do Parlamento, Juan Guaidó, como presidente interino. Mas apesar da pressão política e econômica, Maduro se mantém no poder com o apoio de Cuba, Rússia e China.

Guaidó tenta a reeleição

O desafio a que se propôs o setor da oposição venezuelana liderado por Juan Guaidó há um ano terá de passar por uma difícil prova neste domingo (5). A Assembleia Nacional, órgão de maioria opositora e considerado “em desacato” pela ditadura de Nicolás Maduro, votará, seguindo seu estatuto, para eleger o novo presidente do órgão.

“Temos um acordo com quatro partidos de oposição e, por enquanto, temos o quórum e os votos para que eu seja reeleito. Mas também estou consciente de que a ditadura vai fazer de tudo para impedir isso, e já há operações em andamento para desestimular minha reeleição. Estamos atentos, vigilantes e confiantes”, disse Guaidó à Folha, em entrevista por telefone.

Os partidos que firmaram o compromisso de reeleger o líder opositor são o Voluntad Popular, o Primero Justicia, o Acción Democrática e Un Nuevo Tiempo.

Guaidó quer seguir adiante porque considera que, apesar de não ter atingido seus principais objetivos em 2019 —interromper o que chama de “usurpação” (o fato de Maduro ter tomado posse depois de uma eleição considerada ilegítima) e chamar eleições livres para presidente—, “tivemos um ano muito produtivo, com a volta das pessoas às ruas, o reconhecimento de mais de 50 países de que eu, como líder da Assembleia, devo ser reconhecido como presidente interino da Venezuela, e uma projeção internacional de nossa crise humanitária”, conclui.

Mas, nas últimas semanas, a reeleição de Guaidó, que parecia certa, passou a ser duvidosa. Como ele mesmo temia, a ditadura lançou artimanhas para desestruturar seu poder dentro do Parlamento.

Primeiro, com a Operação Alacrán, que oferece de US$ 30 mil a US$ 1 milhão a deputados para que retirem seu apoio a Guaidó, segundo relatos dos próprios parlamentares. Num cenário em que estes estão há mais de dois anos sem receber salário —desde que foram classificados como “em desacato” pelo regime—, isso pode ser um desafio à sua reeleição.

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https://www.osul.com.br/os-estados-unidos-proibem-ministro-cubano-de-entrar-em-territorio-norte-americano/ Os Estados Unidos proíbem ministro cubano de entrar em território norte-americano 2020-01-04
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