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Brasil Os “sete pecados capitais” cometidos pelo Doutor Bumbum nas redes sociais

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O médico Denis César Barros Furtado costumava se promover de maneira questionável nas redes sociais. (Foto: Reprodução)

O médico Denis César Barros Furtado, o Dr. Bumbum, costumava se promover de maneira questionável nas redes sociais, expondo seu estilo de vida extravagante, postando selfies e fotos de “antes e depois” de pacientes. Esse tipo de propaganda é, no entanto, proibido pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), uma vez que serve para influenciar possíveis clientes através de promessas irreais, destacou Celso Fortes, publicitário que dá consultoria a médicos interessados em construir perfis on-line. As informações são do jornal Extra.

“Ele fez tudo o que não podia fazer. Esse comportamento é um indicativo de que o seu trabalho não sério. Ele estava se promovendo enquanto pessoa física acima da própria medicina que exercia. É importante apontar que ele não é o único a tomar esse tipo de atitude. Possíveis pacientes devem estar atentos a outros casos como esse” disse Fortes.

O consultor listou ao jornal Extra os “sete pecados capitais” cometidos pelo Doutor Bumbum nas redes sociais.

Tratamentos não aprovados

Ao indicar procedimentos estéticos não aprovados em território nacional, o médico Denis César Barros Furtado colocava em risco a vida de seus pacientes. Afinal, o motivo desses tratamentos não serem permitidos está no fato de, por algum motivo, pôr em risco a vida de quem se submete a eles. Para Celso Fortes, é um erro do médico, mas também é importante apontar que o paciente tem maneiras de se proteger:

“Devemos tomar cuidado com a internet, mas através dela podemos ao menos ver se não há possivelmente algo de errado com um determinado procedimento. É um recurso que está a mão dos pacientes hoje em dia, facilitando o contato com profissionais sérios que possam dar uma segunda opinião.”

Antes/Depois

O Dr. Bumbum, assim como outros médicos, publicava e compartilhava em suas redes sociais imagens mostrando o antes e o depois dos procedimentos médicos que fazia. A prática é proibida pelo Conselho Federal de Medicina, explicou Fortes. Segundo o publicitário, o motivo se dá por se tratar basicamente de uma propaganda enganosa. Partindo do princípio que cada um tem o seu próprio biótipo, é pouco provável que os resultados irão se repetir em pessoas diferentes.

Ausência de CRM

O CRM é a carteira de habilitação do médico. É ela que garante se tratar de um profissional apto a exercer a medicina. Sua presença é obrigatória em material de divulgação do médico, mas era totalmente ausente das páginas do Dr. Bumbum nas redes sociais.

Promessa milagrosa

Por motivo semelhante das fotos de “antes e depois”, fazer promessas milagrosas, que geralmente envolvem tratamentos de resultados rápidos e sem dores, é proibido.

“Todo mundo quer resolver seus problemas para ontem. Por isso, muito profissionais fazem promessas irreais a partir de três fatores: a necessidade, o desejo, e a dor. Trabalham a partir disso para encantar e ludibriar possíveis clientes”, explicou Celso Fortes.

Exibição de preços

Exibir preços da maneira como era feita pelo Dr. Bumbum não é permitido pelo CFM. A prática é permitida em outros países, mas no Brasil é ilegal, explicou Fortes. O problema, aos olhos do Conselho Federal de Medicina e demais entidades, é que, ao divulgar os custos que o paciente irá ter, o médico acaba transformando o que deveria ser uma questão de saúde em comércio.

Local fixo de trabalho

Existe também a necessidade do médico atender em um local fixo de trabalho.

“Vejamos o caso desse médico. Ele atendia em casa, e não em uma clínica ou hospital, o que está bem longe de ser considerado normal. Já dá para ver que tem algo de errado”, comentou Celso Fortes.

Estilo de vida

Dr. Bumbum também era dado a expor nas suas redes sociais profissionais seu estilo de vida extravagante, como quando publicava fotos em um passeio de lancha. A ideia, segundo explicou Celso Fortes, é a de passar uma impressão de bem-sucedido, colocando o marketing pessoal acima de sua capacidade profissional.

“A participação do médico na divulgação de assuntos médicos, em qualquer meio de comunicação de massa, deve se pautar pelo caráter exclusivo de esclarecimento e educação da sociedade, não cabendo ao mesmo agir de forma a estimular o sensacionalismo, a autopromoção ou a promoção de outro(s), sempre assegurando a divulgação de conteúdo cientificamente comprovado, válido, pertinente e de interesse público”, diz o CFM, em nota sobre o uso de redes sociais por médicos.

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https://www.osul.com.br/os-sete-pecados-capitais-cometidos-pelo-doutor-bumbum-nas-redes-sociais/ Os “sete pecados capitais” cometidos pelo Doutor Bumbum nas redes sociais 2018-07-18
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