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Mundo Os últimos dias do presidente Donald Trump no cargo podem ser tumultuados

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Presidente americano não pode enviar novos vídeos e fazer transmissões ao vivo na plataforma por pelo menos 7 dias. (Foto: Joyce N. Boghosian/The White House)

Banido das redes sociais e abandonado por alguns membros do seu Gabinete após incitar a invasão do Congresso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu círculo cada vez menor de conselheiros planejam uma semana final desafiadora no cargo, segundo pessoas a par do assunto. Trump está confiante que o vice-presidente Mike Pence e os membros de seu Gabinete não tentarão removê-lo do cargo usando a 25ª Emenda da Constituição, segundo essas fontes.

Pence rejeita a ideia de tentar usar essa autoridade para tirar Trump do cargo. Porém, em meio à incerteza sobre o comportamento de Trump nos próximos dias, uma fonte ouvida pela CNN no fim de semana disse que Pence não descarta a possibilidade de usar o recurso constitucional extremo de afastar o presidente. A relação entre Trump e Pence está abalada, eles não se falam desde a invasão do Congresso. Segundo pessoas próximas, o presidente em nenhum momento se preocupou em verificar a segurança de seu vice.

O senador republicano James Inhofe, disse ao jornal “Tulsa World” que “nunca viu Pence tão zangado” como depois de ser criticado por Trump por não intervir na contagem dos votos do Colégio Eleitoral do Congresso. Trump tuitou que faltava “coragem” a Pence.

Trump planeja ocupar seus últimos dias no cargo destacando o que ele acredita serem suas maiores conquistas, incluindo o muro que sua administração construiu em parte da fronteira dos EUA com o México. Uma viagem a Alamo, Texas, perto da fronteira, é esperada nesta terça-feira (12), disse um porta-voz da Casa Branca.

Trump também está preparando ao menos mais uma rodada de indultos presidenciais e tentará uma última vez para avançar os esforços de seu governo para subjugar as Big Techs, segundo pessoas próximas ao grupo do presidente, embora não esteja claro o que ele pode fazer.

Em suma, é uma última tentativa de reabilitar o legado de Trump depois que seus atacaram o Congresso, que deixou cinco mortos, incluindo um policial.

Trump não deu nenhuma indicação de que está considerando renunciar, como muitos democratas e alguns republicanos exigiram.

A aparente confiança de Trump esconde o perigo político e legal que enfrenta. Por um lado, os democratas estão determinados em responsabilizar o presidente pelo ataque ao Congresso. Até mesmo alguns republicanos reconhecem que suas ações justificam um impeachment. Além disso, promotores federais não descartaram processar Trump por seu papel no distúrbio da última quarta-feira.

As opiniões de Trump normalmente não seriam um grande segredo. Mas sem sua conta no Twitter, @realDonaldTrump, e depois de uma tentativa frustrada de postar de contas alternativas, um silêncio assustador tomou conta da Casa Branca.

As imagens do ataque contra umas das instituições democráticas do país chocaram o público geral americano e muito defendem o afastamento de Trump antes do fim do seu mandato. Cerca de 57% dos americanos querem que o presidente seja removido imediatamente, segundo pesquisa da Reuters/Ipsos publicada na sexta-feira (8). Além disso, quase 70% desaprovam as ações de Trump que levaram à invasão do Congresso.

Para Trump e alguns de seus aliados os democratas estão exagerando ao tentar mais uma vez impeachment por causa da invasão ao Congresso e acham que a condenação no Senado seria improvável de qualquer forma. Para um assessor próximo ao presidente, um novo impeachment seria um presente político para Trump.

Um impeachment ou a destituição do cargo faria do presidente um mártir em sua base, disse uma fonte. Se o vice-presidente liderar um esforço para afastá-lo, isso apenas reforçaria os argumentos de Trump de que o establishment e, Washington há muito se empenha em se opor a ele, disse outra fonte.

O presidente e seus assessores acreditam que um novo impeachment e a censura imposta pelas redes sociais deixam seus apoiadores ainda mais motivados. Para o presidente, o impeachment pode ter um efeito bumerangue sobre os democratas, disse uma pessoa.

Trump e sua equipe planejam responder à ação do Twitter, que baniu sua conta pessoal, apoiando-se em sua luta contra o que ele chama de censura por parte das grandes empresas de tecnologia. O presidente há muito exige que o Congresso revogue a Seção 230, uma isenção de responsabilidade da qual as empresas de mídia social dependem para permitir um discurso relativamente livre em suas plataformas. Trump preparou várias ordens executivas relacionadas a grandes empresas de tecnologia, mas não está claro se alguma será emitida, disse uma fonte.

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