Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 30 de janeiro de 2022
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirma que o acúmulo de tropas russas não foi muito mais significativo do que o que ele viu no passado.
Foto: Reprodução/TwitterO secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, afirmou nesse domingo (30) que a aliança não tem a intenção de enviar tropas de combate à Ucrânia, em caso da invasão da Rússia. Ele qualificou a Ucrânia como “um aliado”, mas o país não é parte da Otan.
Segundo Stoltenberg, a Otan está concentrada em apoiar a Ucrânia em sua “autodefesa” e também os membros da organização já deixaram claro à Rússia que haverá sanções pesadas, caso Moscou invada o território ucraniano. O secretário-geral disse que a Otan busca uma “abordagem equilibrada”, deixando claro que haverá sanções se for o caso, mas também almejando uma solução política no caso, para evitar uma ação militar.
Desconfiança
O presidente Vladimir Putin afirma que as potências ocidentais estão utilizando a Otan para cercar a Rússia e quer que a organização cesse suas atividades militares no leste da Europa. Ele argumenta há muito tempo que a União Europeia rompeu com uma garantia que deu em 1990 de que a Otan não faria uma expansão rumo ao leste.
A Otan rechaça essa afirmação e diz que só um número reduzido de seus Estados-membros compartilham fronteiras com a Rússia, além de sustentar que trata-se de uma aliança defensiva, não ofensiva.
Muitos acreditam que o deslocamento de tropas russas para a fronteira da Ucrânia pode ser uma tentativa de obrigar o Ocidente a levar a sério as demandas de segurança da Rússia.
Otan unida?
O presidente Joe Biden tem dito que há “unanimidade total” dos EUA e líderes europeus sobre a Ucrânia, mas há diferenças no grau de apoio oferecido pelos países da aliança.
Os EUA dizem que enviaram 90 toneladas de “ajuda letal”, incluindo munições, à Ucrânia, e o Reino Unido está disponibilizando mísseis antitanque de curto alcance.
Alguns membros da Otan, incluindo Dinamarca, Espanha, França e Holanda, estão enviando aviões de combate e tanques de guerra para o leste da Europa, para reforçar a defesa na região.
No entanto, a Alemanha tem rechaçado o pedido de armas defensivas feito pela Ucrânia, em linha com sua política de não enviar armamento letal a zonas de conflito. No lugar, vai enviar ajuda médica.
Enquanto isso, o presidente francês, Emmanuel Macron, tem pedido diálogo com a Rússia, para acalmar os ânimos.