Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de agosto de 2019
Por meio de seu perfil no Twitter, o padre Fábio de Melo fez um desabafo após ter sido alvo de ataques de internautas. Por conta disso, ele anunciou, nesta sexta-feira (09), a saída da rede social. “Meus queridos, vou ficando por aqui. Tenho uma saúde emocional a ser cuidada. Sei o quanto já provei a solidão provocada pela depressão, pelo pânico. Tomar remédios só faz sentido quando evitamos os gatilhos dos desconfortos. Este lugar deixou de ser saudável pra mim. Obrigado!”, escreveu.
Meus queridos, vou ficando por aqui. Tenho uma saúde emocional a ser cuidada. Sei o quanto já provei a solidão provocada pela depressão, pelo pânico. Tomar remédios só faz sentido quando evitamos os gatilhos dos desconfortos. Este lugar deixou de ser saudável pra mim. Obrigado!
— padrefabiodemelo (@pefabiodemelo) August 9, 2019
Em seguida, lamentou o que chamou de “acusações e julgamentos”. “Nunca tive dificuldade com as diferenças. Aliás, o meu ministério sempre foi exercido entre elas. Mas a dialética, um dos movimentos que nos permitem o acesso à verdade, vem gradativamente sendo substituída por acusações e julgamentos. O Twitter sempre foi um lugar de encontro. A Àgora dos nossos tempos. O ponto de reunião improváveis. Falei e fiquei amigo de quem não passaria na porta da minha igreja. Foi bom”, acrescentou.
Por fim, agradeceu aos seguidores que o acompanharam e pediu orações. “Agradeço muito o carinho que sempre recebi aqui. Eu me divertia muito com vocês. Obrigado pelos amigos que fiz. Rezem por mim”.
O Caso
Tudo começou quando o religioso fez uma publicação criticando a liberação de Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha, na “saidinha” de Dia dos Pais. Após ler os comentários, o padre Fábio de Melo publicou o desabafo citando sua luta contra a depressão e despediu-se da rede social. Em seguida, lamentou o que chamou de “acusações e julgamentos”.
Mas ele voltou a defender a sua declaração que motivou as críticas. “Desde ontem, quando expressei minha indignação sobre a “saidinha”, estou sendo acusado de justiceiro, desonesto, desinformado, canalha e outros nomes impublicáveis. Só reitero. Já atuei na pastoral carcerária. Sei sobre a necessidade da ressocialização dos presos. Eu apenas salientei sobre a Justiça não ser capaz de preservar, para os que sofrem suas perdas, o simbolismo das datas, libertando os responsáveis pelas mortes de seus entes queridos. Só isso”, explicou.