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Colunistas Pai é pai e pãe

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Músicas que nos fazem viajar, voltar no tempo e que nos emocionam quando lembramos do relacionamento entre pais e filhos. (Foto: Reprodução de internet)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Viva! Hoje é o Dia dos Pais. Todos os dias deveriam ser dedicados a ele. Talvez sejam. Mas o calendário escolheu o segundo domingo de agosto. Por quê? A história vem de longe. Dizem que a homenagem nasceu na Babilônia. Mas, modernamente, veio à luz nos Estados Unidos em 1909.

Sonora Louise Dodd criou a data para provar que se orgulhava do pai. John Bruce Dodd perdeu a mulher em 1898. Cuidou, sozinho, dos seis filhos. A menina escolheu o dia do aniversário dele, 19 de junho, para a comemoração. A iniciativa ganhou apoio. Em 1966, o então presidente Lyndon Johnson bateu o martelo. Oficializou o terceiro domingo de junho como Dia dos Pais nos States.

No Brasil

Aqui, paizinhos e paizões ganharam seu dia em 1953. A primeira festa foi em 14 de agosto. A escolha não se deve ao acaso. Coincide com o aniversário de São Joaquim, pai de Maria e avô de Jesus. Depois a data foi transferida para o segundo domingo de agosto. Por quê? Por três razões. Uma: fica mais fácil de lembrar. Outra: a maioria das pessoas não trabalha. A última: o comércio, claro, fatura mais.

Em dobro

Pai criar filhos? Era raro como viúvo na praça. Mas a fila andou. Os papéis se confundiram. Hoje pai desempenha o papel de mãe. Por isso, ganhou um nome casadinho. Um pedaço vem de pai. O outro, de mãe. O resultado: pãe.

Viva

Dia dos Pais é data comemorativa. Como as irmãzinhas dela, ganha a letra inicial grandona. É o caso de Dia das Mães, Dia das Crianças, Dia dos Namorados, Dia do Médico, Dia da Secretária. E tantos dias quantos o comércio inventar. Não falta criatividade para estimular o consumo. A propaganda é tão agressiva que a alternativa é uma só — comprar ou comprar. Com o presentinho na mão, colhemos dois frutos. Um: expulsamos a culpa. A outra: ganhamos o sorriso do homenageado. Vale a pena.

Sabia?

Pai, padre e papa nasceram do latim patre. As três palavras querem dizer pai. Mas o emprego se especializou. Pai é o genitor. Padre, o sacerdote. Papa, o bispo de Roma, a mais alta autoridade da Igreja Católica — o Sumo Pontífice.

Carinho

O diminutivo de pai? Olho vivo, filho apressado. Ele se forma com a ajuda do sufixo –inho. Para chegar a paizinho, pede a ajuda do z. A lanterninha do alfabeto funciona como ponte. Recebe, por isso, o nome de consoante de ligação. O aumentativo segue o mesmo caminho. Cola-se ao sufixo –ão graças ao socorro do z — paizão.

Sem balbúrdia

Muitos confundem paizinho com paisinho. E paizão com paisão. Nada feito. Eles se parecem, mas não se conhecem nem de elevador. Paizinho e paizão precisaram do socorro da consoante de ligação (z). País joga em outro time. Com s no radical, dispensa a ponte. O sufixo se cola a ele diretamente.

Igualzinho

“Tal pai, tal filho”, diz o povo sabido. Em outras palavras: os filhos reproduzem qualidades e defeitos dos pais. A frase não é nova. Aparece em Os Lusíadas, de Luís de Camões. A obra-prima da literatura portuguesa veio ao mundo em 1572.

Marotos não deixaram por menos. Inspiraram-se no dito popular e avançaram na criatividade. Generalizaram. Resultado: deram à luz “cara de um, focinho de outro”.

Leitor pergunta

Qual o plural de padre-nosso?

Gilvan Pereira, BH

Padre-nosso e pai-nosso têm dois plurais. Você escolhe: padres-nossos ou padre-nossos, pais-nossos ou pai-nossos.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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