Segunda-feira, 29 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 21 de dezembro de 2015
Durante décadas, o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas) foi escolhido pelos cinco países mais poderosos do mundo, sempre a portas fechadas. A única qualificação clara era que os membros permanentes do Conselho de Segurança concordassem quanto à escolha.
Mas agora, pela primeira vez nos 70 anos de história da organização, os poderosos do P-5, como são conhecidos os membros permanentes, foram persuadidos a abrir as portas, ainda que só um pouco. Após meses de negociação, o conselho concordou em deixar que todos aqueles que aspiram ao cargo de secretário-geral tenham “diálogos ou reuniões informais” com os 193 países que compõem a Assembleia Geral, permitindo que revelem algo sobre quem são e por que almejam o cargo.
Esses encontros serão estritamente voluntários. E, no final, os membros permanentes – Rússia, Estados Unidos, China, França e Reino Unido – continuarão com o privilégio mais importante: eles enviarão um nome para o cargo para ser aprovado pela Assembleia Geral. Os procedimentos foram detalhados em uma carta, há muito esperada, assinada pelos chefes do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral.