Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de abril de 2016
Novas publicações do Panama Papers revelaram operações obscuras no mercado de obras de arte, que em alguns casos afetam litígios em andamento pela propriedade de trabalhos desaparecidos de artistas como Van Gogh, Picasso, Rembrandt e Modigliani. O escândalo explodiu com o vazamento de mais de 11,5 milhões de documentos do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, especializado na gestão de capitais em paraísos fiscais, que envolve mais de 140 políticos e funcionários do alto escalão de governos de todo o mundo, além de celebridades, esportistas, cineastas, escritores e proprietários de obras de arte.
De acordo com o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, cuja sede fica em Washington (Estados Unidos) e que liderou a investigação junto ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung, os papéis lançariam uma luz, por exemplo, sobre o possível paradeiro da obra desaparecida de Amadeo Modigliani “Homem sentado com um bastão”.
A pintura do italiano, avaliada em cerca de 25 milhões de dólares, está desaparecida há décadas, desde que os nazistas a confiscaram de seu proprietário judeu. Porém, seu legítimo herdeiro suspeita que o quadro esteja nas mãos da família Nahmad, uma das mais poderosas do mundo da arte. (Efe)