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Rio Grande do Sul Pandemia impactou 76,8% dos gaúchos, aponta pesquisa encomendada pela Assembleia Legislativa do RS

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60,3% dos gaúchos acreditam que o novo coronavírus afeta mais a vida dos pobres do que dos ricos.

Foto: EBC
60,3% dos gaúchos acreditam que o novo coronavírus afeta mais a vida dos pobres do que dos ricos. (Foto: EBC)

A pandemia impactou 76,8% dos gaúchos, principalmente na questão financeira, segundo uma pesquisa encomendada pela Assembleia Legislativa do RS divulgada nesta quarta-feira (22).

O estudo, realizado pelo Instituto Pesquisas de Opinião (IPO), ouviu 1.500 pessoas, em todas as regiões do Estado, para identificar as principais percepções sobre o cenário e sobre a elaboração de políticas públicas de combate à desigualdade social.

O objetivo da pesquisa é subsidiar o Legislativo para propor soluções que alcancem a população mais vulnerável e que possam ser transformadas em ações legislativas.

Ações

Munido dos dados, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gabriel Souza (MDB), apresentou na tarde desta quarta-feira (22) duas propostas para minimizar os impactos da pandemia na condição social dos gaúchos.

As iniciativas buscam viabilizar mais recursos e melhorias para estes setores, explicou, por meio da destinação de 0,5% da receita do Estado para o ensino superior, em cumprimento à Constituição Estadual. Também propôs a criação de um projeto de lei que aumente gradual e progressivamente a partilha da arrecadação do ICMS com os municípios, conforme ranking dos melhores indicadores na primeira infância.

No caso da educação, a pesquisa mostrou que na pandemia 15,6% dos estudantes ficaram afastados dos cursos, cancelando ou trancando suas matrículas. “Em 2020 o Estado aplicou 0,29% da sua receita própria líquida em ensino superior. Estamos propondo que os outros R$ 70 milhões que faltam para alcançar o percentual estipulado em lei sejam aplicados progressivamente”.

Para a primeira infância a medida consiste em uma legislação que vincule o ICMS aos índices da faixa etária, incentivando assim a melhoria na performance dos municípios, e incluindo um novo critério no Primeira Infância Melhor (PIM). Trata-se do Critério Especial da Primeira Infância (Cepi). “A previsão é que ele seja implementado ao longo de dez anos até alcançar 25% do índice de participação dos municípios”, disse o presidente da AL.

Também será baseado no atendimento das creches e pré-escolas e na cobertura de programas de visitação domiciliares, bem como o pré-natal, entre outras ações. Neste contexto, o Executivo pode definir as diretrizes do cálculo e deverá treinar os municípios quanto à nova metodologia. Mais de 200 cidades gaúchas participam do PIM atualmente.

Principais resultados do estudo

Impacto financeiro

A pandemia impactou 76,8% dos gaúchos, principalmente na questão financeira. Mais de ⅔ dos gaúchos tiveram algum impacto na renda familiar causado pelas medidas restritivas. Entre os trabalhadores informais e autônomos esse percentual chega a 83,0%. Quanto menor a renda familiar, maior o percentual de impacto;

Perda de renda

Em 45,0% das famílias a renda diminuiu pela metade ou menos da metade. Destacam-se nessa situação os que possuem menor escolaridade e renda familiar. Quanto menor a renda familiar, maior o percentual de impacto, sendo que na renda de até dois salários mínimos 77,1% das famílias sofreram impacto em sua renda. Entre os que possuem ensino fundamental esse percentual chega a 72,7%;

Maior pobreza

Os gaúchos se percebem “mais pobres” durante a pandemia. Antes da pandemia 53,5% se percebia como pobre ou classe baixa. Durante a pandemia esse indicador passou para 70,6%;

Economia

Mais da metade dos gaúchos tem expectativa positiva com a economia, 53,8% confiam que a economia do RS vai melhorar e 59,0% que a situação financeira da sua família também irá melhorar;

Auxílio

Pouco mais de ¼ precisou de apoio durante a pandemia para comprar alimentos. Desses, 15,5% contaram com a ajuda da família e amigos. Além disso, ¼ dos gaúchos declararam receber auxílio de algum programa social. O principal é o auxílio emergencial. E há 15,4% que são vulneráveis temporários não oficiais, que passaram por necessidade e não foram atendidos pelo Estado;

Primeira infância

Os gaúchos são favoráveis a investimentos destinados para a primeira infância, sendo que 89,3% acreditam que o Governo do Estado deveria se preocupar em auxiliar financeiramente as famílias necessitadas que tem crianças de zero a seis anos. E 85,7 % avaliam que o Governo deve priorizar investimentos para a primeira infância, a fim de combater a desigualdade social;

Ensino superior

Em 15,6% dos lares gaúchos que possuem estudantes em ensino superior foi necessário cancelar ou trancar a matrícula durante a pandemia. E 96,4% avaliam que Governo do RS deve investir em bolsas de estudo para os alunos que estão com dificuldades de custear o seu curso superior;

Legislação

88,3% dos entrevistados acreditam que a Assembleia Legislativa deveria fazer alguma lei para diminuir a desigualdade social do Estado. A metade não sabe citar a lei, mas 15,8% citam leis relacionadas à educação e à qualificação profissional. Outros 15,6% citam legislação que dê conta da assistência social, inclusão e diversidade;

Percepção sobre desigualdade

60,3% dos gaúchos acreditam que o novo coronavírus afeta mais a vida dos pobres do que dos ricos. No Brasil, esse índice é menor, 52,0%.

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