Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 8 de dezembro de 2021
Apesar de haver ainda incertezas sobre a disseminação da variante ômicron do novo coronavírus no mundo inteiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira (8), que a pandemia de covid-19 está totalmente controlada no Brasil.
“Nossa vacinação em massa avançou e já protegemos 80% dos brasileiros (adultos) com duas doses. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença está sob controle, inteiramente sob controle. Os brasileiros estão voltando a trabalhar de forma segura”, afirmou, em participação virtual em evento da Apex em Miami (EUA).
De acordo com dados divulgados nesta quarta pelo Consórcio de Imprensa, o Brasil tem um total de de veículos de imprensa divulgados às 20h desta quarta 138.180.459 pessoas, ou 64,78% da população, com o ciclo vacinal contra a covid-19 completo.
Em meio a uma queda de braço com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre restrições contra a covid-19 nas fronteiras, o governo anunciou na terça-feira a edição de uma portaria para colocar quem chega ao Brasil sem estar vacinado contra covid-19 em quarentena de cinco dias.
Os imunizados, por sua vez, não precisarão do isolamento. Os viajantes ainda precisarão apresentar um teste RT-PCR negativo feito 72 horas antes de entrar no País.
Queiroga
O governo federal anunciou na terça-feira (7) que exigirá quarentena de cinco dias para viajantes não vacinados, mas ignorou a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que a vacinação completa (ou o passaporte da vacina) seja exigida.
Segundo o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, “não se pode discriminar as pessoas entre vacinadas e não vacinadas para a partir daí impor restrições”.
No mesmo anúncio, o ministro ainda parafraseou o presidente Jair Bolsonaro e afirmou: “Às vezes é melhor perder a vida do que perder a liberdade”.
Carnaval
A chefe da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, recomendou que o carnaval não seja realizado em 2022. O posicionamento foi dado nesta quarta durante audiência pública na Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, que discutiu a viabilidade do carnaval em 2022.
Em uma apresentação de dez minutos, Rosana explicou que o país está com os índices de vacinação avançados, mas que precisa adotar as medidas de distanciamento e higiene recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo ela, no carnaval isso é impossível.
O receio da secretária é que se crie um cenário propício para o surgimento de novas variantes. Rosana encerrou sua participação afirmando que realizar o carnaval no ano que vem é extremamente arriscado para o País.
“Não podemos nos esquecer que estamos nesse momento ainda em pandemia. (…) O carnaval é uma festa, sim, que nos aglomeramos, que nós estamos juntos. É impossível não ficarmos aglomerados e nós sabemos que mesmo o indivíduo estando com seu esquema vacinal completo, até com dose de reforço, ele pode se contaminar”, explicou a secretária.