Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 11 de setembro de 2023
Em reunião com secretários estaduais nesta segunda-feira (11), o governador gaúcho Eduardo Leite discutiu ações para dar continuidade ao atendimento e ao processo de recuperação de cidades atingidas pelo ciclone extratropical da semana passada no Rio Grande do Sul. Um das estratégias é análise de experiências bem sucedidas em outros Estados.
Um dos exemplos mencionados foi o de São Sebastião, município do litoral paulista castigado por fortes chuvas durante o período de carnaval. Ao menos 40 pessoas morreram em meio a fortes chuvas e quase 2 mil ficaram desalojadas. “É importante que possamos ouvi-los e, a partir da experiência deles, organizar nossas ações”, frisou o Leite.
Ele acrescentou: “Isso é importante para agilizar o atendimento, aprender com os erros e também com as boas experiências, de forma a sermos mais resolutivos nessa reconstrução. Temos muitas situações a exigir que se customize programas para cada uma delas, afinal não basta pegar o que já temos e simplesmente aplicar, serão necessárias novas soluções”.
Sob a responsabilidade da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), está em elaboração um formulário para identificar as necessidades de cada município atingido pelo ciclone. A ideia é direcionar de forma mais efetiva os recursos. Leite finalizou:
“Precisamos dar suporte e o mínimo de dignidade, o quanto antes, a essas pessoas que, em um primeiro momento, saem e ficam abrigadas do jeito que é possível. Elas já foram vítimas de uma catástrofe e não podem ser vítimas da desatenção. Naturalmente, as coisas levarão algum tempo, mas esse tempo tem que ser o menor possível, sem deixar que a burocracia vença. Ver fotos é uma coisa. Sobrevoar dá outra dimensão. E andar pelas ruas é algo absolutamente impactante”.
Linha direta
O prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, explicou por meio de videoconferência as estratégias montadas por sua gestão e pelo governo paulista diante do caos gerado pelas inundações:
“Nossa preocupação imediata foi sobre como abrigar de forma rápida as 1,6 mil pessoas atingidas, para que não ficassem muito tempo nos alojamentos improvisados em escolas e pudéssemos restabelecer a normalidade. O solução foi realocá-las através do sistema de aluguel social, com recursos estaduais e federais. Também transferimos parte desses grupos para um conjunto habitacional na cidade de Bertioga”.
O secretário da Casa Civil de São Paulo, Arthur Lima, também se manifestou: “Com a criação de um gabinete de crise e da edição de um decreto de calamidade pública, conseguimos rapidamente transferir recursos para diversos setores. Além disso, realizamos a coleta de lixo, religamos redes de comunicação interrompidas e desobstruímos vias com maquinário e pessoal transferidos para a função. O apoio humanitário também foi bem gerenciado, possibilitando que as doações fossem distribuídas para os locais mais necessitados”.
(Marcello Campos)
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