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Paris 2024 Paris 2024: foi-se o tempo em que o consumo da Olimpíada pelo público se limitava às competições e à entrega de medalhas. Os Jogos agora são vividos no dia-a-dia com um celular na mão

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O indicador de digitação agora está disponível tanto para conversas individuais quanto em grupo. (Foto: Reprodução)

A cerimônia de abertura é só daqui a cinco dias. Mas para muitos torcedores a Olimpíada já começou. Quem acompanha Arthur Nory, por exemplo, já fez um passeio pela Vila Olímpica, conheceu o refeitório e viu como é o quarto dos atletas. Os ginastas brasileiros já estão hospedados, e ele fez questão de apresentar o local para seus seguidores. Num movimento iniciado em Tóquio, as redes sociais terão papel ainda mais importante em Paris.

Foi-se o tempo em que o consumo da Olimpíada pelo público se limitava às competições e à entrega de medalhas. Os Jogos agora são vividos no dia a dia a partir do ponto de vista dos atletas, munidos com um celular na mão e, claro, com aplicativos de redes sociais instalados neles. O nível de envolvimento varia. Alguns esportistas fazem poucas publicações. Mas cada vez mais há aqueles com perfil de influenciador digital.

Em Tóquio, a delegação brasileira já tinha alguns “fenômenos”. O caso mais emblemático foi o de Douglas Souza, do vôlei, que ganhou milhões de seguidores durante o período olímpico e passou a faturar com publicidade. Seu exemplo abriu os olhos de outros atletas.

No mês passado, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) promoveu uma palestra sobre boas práticas nas redes sociais para quem vai a Paris: membros de delegações, funcionários das confederações e, claro, atletas. Entre os que mostraram interesse e acompanharam o evento, está a campeã olímpica da maratona aquática Ana Marcela Cunha, que conta com 206 mil seguidores em seu perfil no Instagram.

A palestra contou com profissionais da Meta, responsável pelas plataformas Facebook e Instagram; do TikTok e de agências especializadas em comunicação digital. Foram passadas dicas de formatos e de tipos de conteúdo que mais fazem sucesso e também orientações de como lidar com momentos de crise.

“O COB não tem cartilha ou manual, qualquer coisa que o valha neste sentido. Não estamos aqui para tolher a criatividade de ninguém”, afirma Paulo Roberto Conde, diretor de comunicação do COB. “O que foi passado foi nesse sentido de boas práticas. Mostramos que redes sociais são um enorme canhão de visibilidade e que são muito benéficas, mas que se mal utilizadas podem acarretar num risco grande.”

A delegação brasileira em Paris conta com nomes já muito populares neste universo digital. Entre eles, o surfista Gabriel Medina, com 11,4 milhões de seguidores no Instagram, e o corredor Paulo André, que participou do BBB22 e conta com 7,6 milhões de seguidores. Há também a skatista Rayssa Leal (6,3 milhões), a ginasta Rebeca Andrade (2,6 milhões) e Rosamaria (1,2 milhões), da seleção de vôlei. Só para citar alguns deles.

“Os atletas estão mais focados nas oportunidades que isso pode gerar. Então hoje eles investem, têm uma equipe de comunicação mais moderna, com social media. Diferentemente dos Jogos anteriores, há vários atletas que já chegam muito populares. Isso traz uma popularização dos esportes olímpicos que é muito benéfica para todo o movimento. O ídolo ajuda a criar mais público. Isso é muito bom, desde que feito de uma maneira que não vá prejudicar ninguém”, complementa Conde.

Antes mesmo dos primeiros atletas chegarem à Vila de Paris, os Jogos já eram assunto entre os brasileiros nas redes. O motivo: os trajes da delegação nacional na cerimônia de abertura. As peças sofreram forte rejeição do público, que reclama do excesso de simplicidade.

A situação piorou quando atletas olímpicos de todo o mundo começaram a exibir vídeos em que abriam as malas enviadas por suas confederações para mostrar os kits de uniformes — a prática é conhecida como “unboxing”. No Brasil, a meio de rede Thaissa (com 1,1 milhão de seguidores no Instagram), da seleção de vôlei, ironizou a sacola de pano usada pela CBV para entregar o material. As críticas do público foram tantas que o COB precisou entrar em cena. Fez uma publicação esclarecendo que a delegação ainda iria receber uma mala com todas as peças a serem usadas em Paris.

A diferença entre os Jogos de Paris e de Tóquio não está apenas no fato de os atletas estarem mais envolvidos com as redes sociais. As próprias plataformas se tornaram mais populares e melhoraram suas ferramentas de transmissão. Há outro detalhe fundamental: em 2021, em razão da pandemia, não houve público. Agora, é esperada uma grande produção de conteúdo também pelos torcedores.

“A cada ciclo as redes vão ganhando ainda mais importância. Muita coisa mudou de lá (Tóquio) para cá. O TikTok, por exemplo, vai ter um alcance que na (Olimpíada) anterior ainda era mais tímido. O conteúdo de tempo real, em vídeo, ganhou mais destaque na prateleira das plataformas. Pensando também no fuso horário, acreditamos que o timing em Paris vai permitir que esse conteúdo tenha ainda mais alcance e reverberação por ter uma audiência maior no pico de importância do algoritmo no Brasil”, avaliou Bruno Brum, sócio e CMO da agência EndtoEnd.

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