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Política Partido de Sérgio Moro tenta atrair Deltan, Janot e delegados para montar “bancada da Lava-Jato” em 2022

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"O Ciro, primeiro, precisa largar essa postura ofensiva e agressiva para dialogar", declarou Moro. (Foto: Robert Alves)

Em um esforço para alavancar a campanha do ex-juiz Sérgio Moro à Presidência, o Podemos tem buscado ex-integrantes do Judiciário dispostos a entrar na corrida eleitoral. Nomes que participaram da Lava Jato, como o do ex-coordenador da operação em Curitiba, Deltan Dallagnol, e do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, também vão se filiar à legenda. Além disso, delegados da Polícia Federal que atuaram na Lava Jato vêm mantendo conversas com o ex-juiz para discutir eventuais candidaturas.

Moro conversou ainda sobre o cenário político com o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, que ganhou destaque durante o julgamento do mensalão. Barbosa entrou no PSB em 2018, chegou a ensaiar uma candidatura, mas desistiu.

“Vamos juntar forças para fazer uma boa bancada e criar um grupo político que tenha peso, para não deixar o combate à corrupção ser desmantelado”, afirmou a presidente do Podemos, deputada Renata Abreu (SP).

O objetivo do partido é montar em 2022 uma “bancada da Lava Jato”, também chamada de “bancada jurídica” e reforçar o discurso de Moro, ex-ministro da Justiça, de que é preciso mudar o sistema político por dentro. “Quando você percebe que não conseguiu combater o sistema de fora para dentro, é natural que você entenda que tenha de ser de dentro para fora”, disse Renata.

Figura quase tão midiática quanto Moro, Deltan Dallagnol vai se filiar ao Podemos na próxima sexta-feira, 10, em Curitiba. Para propagar suas ideias, Deltan lançou recentemente um curso online sobre combate à corrupção. A cúpula do Podemos quer que ele concorra a deputado federal pelo Paraná.

Rodrigo Janot, por sua vez, não definiu se vai ser candidato. Mesmo assim, aceitou se filiar ao Podemos. Foi durante a gestão do ex-procurador-geral da República que a Lava Jato teve seu auge, e denúncias se multiplicaram contra políticos. Às vésperas de encerrar o mandato, em julho de 2017, Janot ainda mostrava disposição de dar andamento às ações. “Enquanto houver bambu, haverá flecha”, dizia ele.

A entrada de Janot no Podemos deve ocorrer no início de 2022. Para fortalecer o nome de Moro, a legenda planeja fazer uma campanha de filiações. No último dia 25, por exemplo, quem assinou a ficha foi o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo.

Enquanto o Podemos ganha reforços, Moro viaja e, a pretexto de lançar o livro “Contra o Sistema de Corrupção”, veste o figurino de candidato. No domingo, 5, por exemplo, ele posou para fotos ao lado de apoiadores, no Recife, com um chapéu de sertanejo.

Um dia antes, no sábado, o ex-juiz esteve em Porto Alegre e se encontrou com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). Moro tem se aproximado cada vez mais das várias alas do PSDB, na tentativa de fazer uma composição para a disputa ao Palácio do Planalto.

Em Porto Alegre, também foi anunciada a filiação do deputado Maurício Dziedricki, que trocou o PTB pelo partido de Moro. A expectativa do Podemos é crescer no Estado no rastro da debandada do PTB, que vive crise interna após um processo de bolsonarização.

No grupo de quem já integrou o Judiciário, Joaquim Barbosa ainda está no radar de Moro. Os dois conversaram dias antes de o ex-juiz decidir entrar na política e debateram sobre a necessidade de construir uma terceira via contra a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro, recém-filiado ao PL, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Barbosa não quer concorrer, no momento, mas não definiu se terá algum envolvimento ativo nas eleições de 2022. “Acho que o ministro Joaquim Barbosa tem condições de ser o que ele quiser para o País, porque ele é um quadro de absoluta qualidade”, elogiou Moro, em entrevista à Rádio Jornal do Recife, na sexta-feira, 3. “É uma grande figura da história brasileira. Estamos conversando.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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