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Economia Paulo Guedes, ministro da Economia, diz que o Brasil vai “dançar” com Estados Unidos e China ao mesmo tempo

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Desenvolvimento Regional aparece em primeiro lugar na lista, com o maior bloqueio de verba: R$ 1,2 bilhão. (Foto: Divulgação)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que está “todo mundo atrás do
Brasil” no Fórum Econômico Mundial, que ocorre em Davos (Suíça), e que, com a reviravolta na geopolítica mundial, vai “dançar” com os Estados Unidos e a China ao mesmo tempo.

Em conversa com jornalistas, Guedes afirmou que o Brasil sofreu pressões tanto dos EUA como da Europa na esteira da guerra na Ucrânia para se posicionar por um lado. Mas que agora “ninguém está nos xingando” e o Brasil é visto como uma solução para as crises de energia e de alimentos.

Exemplificou o novo interesse no Brasil com uma série de encontros bilaterais na última terça-feira (24) em Davos, com os presidentes de UBS, Mittal, Alibaba, Sem Merck, Claure Capital, YouTube, Canadá Pension Plan Investment (CPP), além de almoço com investidores promovido pelo Itaú Unibanco.

“Tem demanda de 30 das maiores companhias do mundo, mas não dá para atender todo mundo”, disse o ministro.

No Fórum Econômico Mundial, o Brasil está quase ausente na agenda, sem nenhum debate específico. As manifestações públicas de boa parte das autoridades presentes é com o tamanho de uma possível recessão na União Europeia (UE), no Reino Unido, talvez nos EUA depois do ano que vem. Ou seja, pouco se fala do Brasil, a não ser em círculos restritos que conhecem mais o país.

Para o ministro, “as pessoas não estão entendendo: o mundo mudou e a posição do Brasil melhorou”. “O Brasil perdeu 30 anos, não conectou (com as cadeias de valor globais). A China saiu da miséria, a Tailândia, todos subiram e o Brasil ficou pulando”.

Só que com as crises da pandemia e da guerra na Ucrânia, outros países entraram em dificuldades, mas o Brasil não, na visão do ministro. E assim, na sua visão, o país pode redesenhar suas cadeias produtivas com novos eixos, como energia renovável e semicondutores.

Nesse cenário, relatou Guedes, as pressões vieram sobre o Brasil. Disse que os
europeus perguntaram ao Brasil se o país estava do lado da Rússia ou deles, se
estavam com o Brics (grupo de grandes emergentes) ou com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Economico(OCDE).

De seu lado, os EUA, atrás da secretária do Tesouro, Janet Yellen, deixou claro que Washington iria redesenhar critérios de investimento e que o mundo nunca mais será o mesmo. Ou seja, os EUA precisam de cadeias de abastecimento mais próximas e com parceiros confiáveis.

A forma como o Brasil vai se posicionar, conforme o ministro, é de ser “o cara que vai dar segurança alimentar e energética para a Europa. E aos EUA, que o Brasil está próximo e é amigo, não vão precisar ir para a China”.

Quanto à China, “os chineses e os americanos tiveram uma sinergia que durou 30 anos, aí a China cresceu e eles começaram a brigar. Nós vamos dançar com os dois”.

Além disso, o Brasil quer acelerar sua integração na OCDE. Disse que estabeleceu boa relação com Mathias Cormann, secretário-geral da OCDE, que visitará o Brasil em breve.

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