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| Pela primeira vez, o Brasil importou mais etanol do que exportou

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Petrobras reduz preço da gasolina, mas consumidor não percebeu impacto nas bombas. (Foto: Freepik)

O Brasil fechou o ano de 2017 com um déficit na balança comercial de etanol, com importações superando as exportações do combustível pela primeira vez desde o início da série histórica divulgada pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), em 2004. A dependência externa é resultado da maior competitividade do etanol norte-americano, que substituiu vendas do produto brasileiro na região Nordeste. Reflete também a suspensão de investimentos provocada pela crise do setor sucroalcooleiro.

As importações de gasolina e diesel subiram 82% e 67% em 2017, respectivamente, refletindo a mudança da política de preços dos combustíveis da Petrobras. Ano passado, o País importou 445 milhões de litros de etanol a mais do que exportou – no ano anterior, houve superávit de 957 milhões de litros. O etanol importado foi responsável por 1,7% do abastecimento nacional.

Segundo o superintendente de distribuição e logística da ANP, Cezar Issa, as importações já mudaram o panorama do mercado, com 12,5% do consumo de gasolina no Brasil sendo atendido pelo produto externo, e 24,7% no caso do diesel.

O etanol importado estava mais barato do que a cabotagem para levar a produção do Centro-Sul, explicou ao jornal Folha de S.Paulo o diretor técnico da Unica (União da Indústria Canavieira), Antônio de Pádua Rodrigues. Ele prevê que o déficit seja zerado no fim da colheita da safra 2017-2018. “Se não tiver investimento para aumento da oferta, vamos ficar nessa gangorra”, indicou o diretor técnico.

A crise do setor se iniciou em meados da década, com o represamento do preço da gasolina e a consequente perda de competitividade do etanol. Para a Unica, a nova política de preços da Petrobras garante maior previsibilidade ao setor, ao refletir o cenário internacional. O déficit ocorreu em um ano de queda no consumo de etanol hidratado, que perdeu espaço para a gasolina. Enquanto as vendas do derivado da cana caíram 6,47%, as de gasolina tiveram alta de 2,63%.

Petrobras

Após anos de preços congelados, a Petrobras passou a ajustar diariamente o preço dos seus combustíveis com o mercado internacional, o que abriu oportunidade para importadores suprirem o mercado brasileiro.

Pelo segundo ano consecutivo, empresas privadas tiraram da Petrobras fatia dos mercados de gasolina e de diesel no País, de acordo com dados da ANP, que trouxeram alta de 0,44% no consumo de combustíveis em 2017.

O déficit no comércio exterior de gasolina cresceu 82,23%, chegando a 4 bilhões de litros – a estatal foi responsável por apenas 21,4% das importações, contra 59,7% no ano anterior. Em 2017, 12,5% do mercado nacional de gasolina foi abastecido por produtos importados.

A concorrência é ainda maior no mercado de diesel. Em 2017, 24,7% do mercado foi abastecido importações. A Petrobras foi responsável por apenas 4,3% das compras externas, contra 16,4% no ano anterior.

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https://www.osul.com.br/pela-primeira-vez-o-pais-importou-mais-etanol-do-que-exportou/ Pela primeira vez, o Brasil importou mais etanol do que exportou 2018-03-04
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