Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 7 de julho de 2016
Seis das dez maiores empreiteiras do País já tiveram executivos presos na Operação Lava-Jato, que apura desvio de recursos da Petrobras na ordem de R$ 10 bilhões. O levantamento foi feito com base em um ranking das maiores construtoras do País, segundo a receita bruta total de 2014, elaborado pela revista O Empreiteiro – considerada referência no setor.
As empresas são: Odebrecht, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Galvão Engenharia e Construcap. A Mendes Júnior, que aparece na 12ª colocação no ranking das maiores empreiteiras, também teve um executivo preso.
A OAS e a UTC, empreiteiras que também já tiveram diretores presos na Lava-Jato, não participaram do ranking, pois não enviaram os dados solicitados pela publicação. No ano anterior, a OAS apareceu na terceira posição no mesmo ranking da revista.
De acordo com o levantamento, pelo menos 42 executivos de empreiteiras já foram presos em todas as fases da Lava-Jato. Considerando apenas as sete maiores empresas, foram pelo menos 27 prisões. Segundo a lista da revista O Empreiteiro, a Odebrecht teve receita bruta de R$ 7,46 bilhões em 2014, liderando a relação. Ela é seguida pela Queiroz Galvão (R$ 4,99 bilhões), pela Camargo Corrêa (R$ 4,92 bilhões) e pela Andrade Gutierrez (R$ 4,31 bilhões).
Em quinto lugar, está a Galvão Engenharia (R$ 3,79 bilhões). Considerando as sete maiores empresas com prisões, a receita bruta de 2014 chega a R$ 28,87 bilhões.
Condução coercitiva
Além das prisões, executivos de empreiteiras também foram alvos de mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é levada a depor e depois é liberada) durante a Operação Lava-Jato. Entre as 25 maiores empresas, seis já tiveram executivos intimados a depor. São elas: Odebrecht, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, Construcap, Mendes Júnior e WTorre (a 22ª do ranking da revista).
Pelo menos 30 executivos receberam mandados de condução coercitiva na operação, sendo que 11 desses fazem ou faziam parte do quadro de funcionários das seis empresas citadas. (AG)