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Brasil Perícia aponta que pepita encontrada com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, é uma peça rara e veio de garimpos no exterior

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O objeto foi apreendido pela Polícia Federal durante a Operação Tempus Veritatis

Foto: Divulgação
O objeto foi apreendido pela Polícia Federal durante a Operação Tempus Veritatis. (Foto: Divulgação)

A perícia preliminar da PF (Polícia Federal) apontou que a pepita de 39 gramas de ouro encontrada com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, é uma peça rara de colecionador e foi retirada de um garimpo artesanal fora do Brasil.

O objeto foi apreendido quando a PF cumpria mandados de busca e apreensão contra o político durante a Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. Na ocasião, Valdemar foi preso pela posse da pepita sem origem conhecida e de um revólver com registro vencido, mas acabou liberado no dia seguinte.

As análises técnicas indicam que a morfologia da peça não é compatível com o solo e as formações rochosas da Amazônia. Por meio do programa Ouro Alvo, a PF possui um banco de amostras de perfis auríferos que permitem identificar a origem do ouro confiscado em operações.

Os peritos concluíram que a pepita é rara em razão dos indícios de que ela foi retirada com aquele tamanho da chamada “rocha mãe” – geralmente, o ouro é encontrado em fragmentos bem menores. Isso também reforçou a suspeita de que a peça venha de algum garimpo artesanal, pois na mineração industrial as rochas são detonadas com explosivos, o que impede que objetos desse tamanho sejam encontrados.

Os técnicos também apontam que a rocha de origem da pepita seria de formação recente, ou seja, pode ter vindo de algum local próximo a uma cadeia montanhosa, como os Andes, na América do Sul, ou da Costa do Pacífico, nos Estados Unidos e Canadá. As rochas encontradas na região amazônica são de formação mais antiga.

A análise da PF ainda está em andamento. Nesta semana, a pepita foi submetida a uma máquina de acelerador de partículas que serve para verificar a incrustação de outros minerais no objeto, o que pode fornecer mais detalhes sobre a “rocha mãe”.

No ano passado, a PF colheu amostras de diversos locais da reserva indígena Yanomami, que é alvo constante de invasões garimpeiras. Esses perfis não bateram com os da pepita encontrada na casa de Valdemar.

Segundo um laudo preliminar, a pepita tem um teor aproximado de 91,76% de ouro e valeria cerca de R$ 11,7 mil. “As características da pepita de ouro mineral, tais como o alto teor de ouro, textura, granulometria e a sua composição química e mineral, indicam que se trata de produto aurífero primário, proveniente de retirada direta da jazida, sem processamento, típico de atividade de garimpagem”, diz o documento.

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