Sábado, 18 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 20 de maio de 2017
Nas primeiras horas da manhã de sexta-feira, a cúpula do Palácio do Planalto já havia recebido o resultado preliminar da perícia feita a pedido do governo no áudio do empresário Joesley Batista com o presidente Michel Temer. A análise levantou a possibilidade de que Joesley tenha enxertado ruídos para disfarçar os cortes.
Os profissionais acionados pelo Planalto trabalharam a madrugada inteira na análise minuciosa do áudio. Com a confirmação de que a gravação foi editada, auxiliares de Temer oscilaram entre a euforia e o ódio. “A bolsa perdeu 219 bilhões de reais”, repetia um aliado do peemedebista.
A gravação feita pelo delator da conversa que ele teve com o presidente Temer, no Palácio do Jaburu, no dia 7 de março, será um dos pontos mais discutidos durante a investigação autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) contra o presidente da República. O áudio foi entregue pelo empresário à Procuradoria-Geral da República dentro de um acordo de delação premiada.
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato no STF, autorizou abertura de inquérito para investigar o presidente Michel Temer. Com a decisão de Fachin, Temer passa formalmente à condição de investigado.