Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2020
Segundo os pesquisadores, o aparelho é capaz de garantir a circulação adequada do ar e evitar a concentração de vírus respiratórios no ambiente
Foto: ReproduçãoPesquisadores do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e da startup Omni-electronica desenvolveram uma tecnologia que permite capturar amostras do novo coronavírus no ar para monitorar a segurança de ambientes com grande concentração de pessoas.
Chamado de Spiri, o sistema já existia e foi criado por ex-alunos da Escola Politécnica da USP, que fundaram a startup. Em princípio, a função era monitorar a qualidade do ar nos locais fechados. Os pesquisadores fizeram testes, durante dois meses, com amostras do ar no Hospital das Clínicas.
“Temos uma base de dados bastante robusta sobre a qualidade do ar em ambientes internos, sabemos como são transmitidos os vírus respiratórios e como as infecções se intensificam nos meses de inverno. Quando começou a pandemia do novo coronavírus, ficou bem claro para nós que a disseminação em ambientes internos era o cenário mais provável, embora isso ainda não fosse muito falado, nem mesmo pela Organização Mundial da Saúde”, disse o responsável pela Omni-electronica e coordenador do estudo, Arthur Aikawa.
O Spiri tem sensores integrados que captam o ar e enviam os dados para uma central que gera laudos on-line em tempo real e, assim, os técnicos instruem o cliente sobre como melhorar a circulação do ar. Para isso, é preciso fazer uma assinatura do aparelho instalado. Os resultados do estudo estão sendo preparados para publicação em periódico científico.
De acordo com Aikawa, o protocolo empregado no Spiri é capaz de garantir a circulação adequada do ar, evitar a concentração de vírus respiratórios no ambiente e fazer os testes regulares para verificar se houve circulação do vírus no local.
Segundo o pesquisador, com a instalação do aparelho em locais estratégicos, como estações de trem e metrô, é possível planejar um retorno mais seguro das atividades econômicas.