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Brasil Pesquisas realizadas pelo instituto Datafolha mostram que a maioria do eleitorado brasileiro discorda das ideias de Bolsonaro sobre armas, homossexualidade e ditadura militar

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O presidente afirmou que a medida “Vai dar o que falar”. (Foto: Agência Brasil)

Apesar de ter escolhido Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno do pleito presidencial, a maioria do eleitorado brasileiro se opõe ao capitão reformado do Exército em temas centrais de seus planos de governo ou de seu discurso: a liberação da posse de armas, as críticas aos homossexuais e a defesa da ditadura militar.

Levantamentos realizados pelo instituto Datafolha entre os dias 3 e 4 e 25 e 26 de outubro mostraram que, entre os brasileiros, predomina a avaliação de que as armas devem ser proibidas (pois representam um risco à vida em sociedade), as relações amorosas e sexuais entre indivíduos do mesmo sexo deve ser aceita pela coletividade e que a democracia é a melhor forma de governo.

Em seu programa de governo, Bolsonaro defende que a possibilidade de se armar garante o direito do cidadão à legítima defesa “sua, de seus familiares, de sua propriedade e a de terceiros”. Para 55% dos entrevistados, a posse de armas deve ser proibida. Para 41%, a arma deveria ser um direito do cidadão para se defender. Outros 4% disseram não saber uma resposta para o tema.

“As armas são instrumentos, objetos inertes, que podem ser utilizadas para matar ou para salvar vidas. Isso depende de quem as está segurando: pessoas boas ou más”, afirma o documento com as propostas do presidenciável.

Bolsonaro diferencia o porte e a posse de armas. Ele defende a autorização para posse de armas a cidadão a partir de 21 anos, cumprindo pré-requisitos como exame psicológico, capacidade de manuseio e residência. O porte, por sua vez, também deveria ser flexibilizado, segundo ele, e poderia ser permitido a profissionais como vigilantes e caminhoneiros, desde que submetidos a testes.

Os homens que foram consultados para o levantamento do Datafolha mostraram-se divididos: 50% defendem que a posse deve ser legalizada, e 48%, que precisa ser proibida. Entre as mulheres, 63% acreditam que as armas devam ser proibidas, ante 32% que preferem vê-las liberadas.

Na Região Sudeste, onde Bolsonaro recebeu 28,3 milhões de seus votos (o que corresponde a 49,2% da votação que recebeu), 57% preferem que as armas sejam proibidas. No Nordeste, onde o concorrente Fernando Haddad (PT) foi melhor (com 22,3 milhões de votos, 47,3% de seu total), o índice é maior, 65%.

Em contrapartida, no Sul, região na qual Bolsonaro teve maior vantagem sobre o concorrente, com 68,3% dos votos ante 31,7%, é onde o apoio à posse de armas se mostra mais forte (58%).

À época do levantamento, dois em cada três (67%) eleitores que declararam voto em Bolsonaro disseram acreditar que a posse de armas deveria ser legalizada, e para 29% deles, deveria ser proibida. Entre os que disseram que votariam em Haddad, 83% manifestaram-se contrariamente à liberação das armas, e 14%, a favor.

A rejeição ao direito de se armar vem caindo nos últimos anos. Em pesquisa do Datafolha realizada em setembro deste ano, 58% avaliavam que armas deveriam ser proibidas e 40% que deveriam ser liberadas. Em novembro de 2013, quando o instituto propôs o tema em seu questionário pela primeira vez, 68% apoiavam a proibição de armas e 30% se colocavam a favor da liberação.

Homossexualidade

Ao longo dos anos, Bolsonaro propagou discurso de ataques a minorias, e frequentemente com homossexuais como alvo. Recentemente, tem moderado o discurso e chegou a dizer que “os gays serão felizes” em seu governo.

Para 74% dos entrevistados na pesquisa do Datafolha, a homossexualidade deve ser aceita por toda a sociedade. Outros 18% pensam que a homossexualidade deve ser desencorajada. Há ainda 8% que não opinaram sobre o tema.

O Sul é a região em que mais pessoas disseram acreditar que a homossexualidade deve ser aceita por todos, com 80%. O Norte tem o índice mais baixo, com 65%.

A defesa da aceitação da homossexualidade é mais forte entre os mais jovens (84% entre aqueles que têm entre 16 e 24 anos); os mais escolarizados (82% entre os que fizeram ensino superior); e os mais ricos (82% entre aqueles que recebem mais de dez salários mínimos).

A maioria daqueles que à época da pesquisa se declaravam eleitores de Bolsonaro, segundo o instituto, pensa que a homossexualidade deve ser aceita: 67% deles defenderam essa ideia, e 25%, desencorajaram. Entre eleitores de Haddad, esses índices são, respectivamente, de 83% e 10%.

O Sul é a região em que mais pessoas disseram acreditar que a homossexualidade deve ser aceita por todos, com 80%. O Norte tem o índice mais baixo, com 65%.

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