Quarta-feira, 01 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 3 de abril de 2017
Pouco mais de três anos após a deflagração da Lava-Jato, a Petrobras responde a 47 ações judiciais no Brasil decorrentes da operação. Os processos foram movidos por cidadãos e empresas. Até agora, a companhia perdeu em apenas um caso, em Alagoas, e está recorrendo da decisão. A ação corre sob segredo de Justiça e, por isso, não é possível saber a causa do processo.
A Petrobras conseguiu decisões favoráveis em 22 casos – alguns deles também estão em fase de apelação por parte dos autores. Outras 24 ações estão em tramitação, aguardando posicionamento de juízes.
A reportagem levantou alguns dos casos enfrentados pela estatal. Em quatro deles, em tribunais diferentes, os autores são acionistas da empresa e alegam que foram prejudicados por causa do escândalo de corrupção descoberto pela Operação Lava-Jato.
Os pedidos variam de indenizações por danos morais e lucros cessantes a reembolso por perdas. Nas justificativas, os autores argumentam que, por causa de atos de gestão e de diretores corruptos, a cotação das ações sofreu forte queda. Dois ex-executivos da empresa fizeram acordos de delação premiada e ganharam benefícios pela colaboração com o Ministério Público Federal – Pedro Barusco e Paulo Roberto Costa.
Vítima
Nas manifestações feitas durante o processo, a Petrobras se coloca como a “maior vítima de todos os fatos” apresentados pelas investigações que estão sob o guarda-chuva do juiz Sérgio Moro, em Curitiba (PR). Nos casos levantados, os autores ainda não venderam suas ações. A petroleira alega que, entre outros pontos, não houve até agora, portanto, prejuízo concretizado. (Folhapress)