Quarta-feira, 30 de abril de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Rio Grande do Sul O pico de casos de coronavírus no Rio Grande do Sul deve ocorrer no período de junho e julho

Compartilhe esta notícia:

A chegada do inverno é a principal motivação para estimativa

Foto: Divulgação
O outono começou neste domingo, exatamente às 12h33min. (Foto: EBC)

Uma projeção atualizada pelo Ministério da Saúde apontam que os próximos meses de junho e julho devem registrar o pico de casos de coronavírus no Rio Grande do Sul. O principal motivo é a chegada do inverno (20 de junho). Desde a primeira confirmação, no dia 10 de março, já são 468 diagnósticos positivos da doença, incluindo pacientes já curados e sete óbitos.

Os boletins epidemiológicos em nível federal, estadual e municipal mostram que a Covid-19 afeta sobretudo as capitais e demais cidades com maior densidade demográfica, ou seja, áreas onde as aglomerações são mais intensas e frequentes. No caso da Região Sul, esse aspecto é ainda mais preocupante, por causa das baixas temperaturas.

“As aglomerações decorrentes do período mais frio do ano no País exigem maior atenção e mais leitos, bem como estrutura para suporte ventilatório”, ressalta um relatório divulgado na última sexta-feira. “A capacidade laboratorial do Brasil ainda é insuficiente para dar resposta a essa fase da epidemia.”

Especialistas reiteram que o distanciamento social ainda é “o único instrumento disponível no momento” para o tentar conter a pandemia. Por esse motivo, o Ministério da Saúde ressalta que o decreto de calamidade pública decretado pelo governo gaúcho no dia 19 de março deve ser mantido.

Exemplo italiano

Segundo especialistas, atingir o pico de casos de contágio por coronavírus não deve ser sinônimo de reabertura: o isolamento deve continuar por mais tempo, a fim de evitar uma segunda onda de infecções. Um exemplo é a Itália, que há três semanas se tornou o primeiro país a entrar em isolamento por causa da pandemia e que tem hoje 2,8 milhões de pessoas em quarentena – já o número de mortes se aproxima de 16 mil.

A bióloga e doutoranda em epidemiologia Sabrina Simon, de Turim, defende a manutenção da medida até que se pare de registrar novos casos da doença: “Se as pessoas voltarem para a rua antes de a doença ser extinta, o país volta a ter mais pessoas suscetíveis ao vírus e então começa uma nova onda epidêmica”.

Até agora, autoridades de saúde dividem a população em duas categorias: suscetíveis e imunes. Como ainda não há vacina para o novo coronavírus, são considerados imunes, a princípio, os pacientes que já tiveram contato com o vírus. Ao se isolar pessoas que não pegaram a doença, a ideia é que o vírus não encontre mais pacientes vulneráveis e que as infecções parem de ocorrer.

O pico da curva de contágio indica que um número máximo de pacientes suscetíveis já teve contato com o vírus e que, a partir daí, o Sars-CoV-2 encontrará cada vez menos vítimas. A curva em queda, portanto, indica que, mantendo-se o isolamento, as infecções devem desaparecer.

Mas a tendência de queda não significa a retomada imediata de todas as atividades. “O retorno deve ser muito cauteloso para evitar que a epidemia volte nas semanas seguintes”, alerta Sabrina.

As autoridades de Roma têm evitado fazer previsões públicas de quando a curva de contaminação no país chegará ao pico. Na sexta-feira, representantes da Defesa Civil italiana disseram acreditar que a quarentena poderá ser estendida até 1º de maio.

O governo chama de “Fase 2” a reabertura gradual do comércio, desde que garantindo a distância de um metro entre clientes. Escolas, academias e cafés ficariam no fim da fila, devido à ameaça de contágio causada pela proximidade dos alunos e clientes.

Oficialmente, o confinamento e o fechamento das atividades não essenciais em toda a Itália vai até 13 de abril, logo após a Páscoa, o que representa um adiamento em 10 dias em relação ao primeiro decreto que colocou o país em quarentena. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, em entrevista coletiva por teleconferência, na última quarta-feira.

(Marcello Campos)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Rio Grande do Sul

Aumenta para 468 o número de casos confirmados de coronavírus no Rio Grande do Sul
Começa nesta semana uma nova fase de aulas programadas na rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul
https://www.osul.com.br/pico-do-coronavirus-deve-ser-entre-junho-e-julho-no-rio-grande-do-sul-diz-boletim-do-ministerio-da-saude/ O pico de casos de coronavírus no Rio Grande do Sul deve ocorrer no período de junho e julho 2020-04-05
Deixe seu comentário
Pode te interessar