Terça-feira, 30 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
21°
Thunderstorm

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política Polícia Federal abre inquérito para investigar se houve omissão de ministro da Saúde no colapso sanitário em Manaus

Compartilhe esta notícia:

Pazuello pode sofrer responsabilização cível, administrativa e/ou criminal.

Foto: Euzivaldo Queiroz/Especial MS
Articulação polítiva a saída do atual ministro da Saúde. (Foto: Euzivaldo Queiroz/Especial MS)

A PF (Polícia Federal) abriu inquérito nesta sexta-feira (29) para apurar a responsabilidade do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no colapso do sistema do Amazonas. O inquérito foi determinado pelo ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), relator do caso.

Na segunda-feira o ministro apontou que o objetivo é verificar se houve omissão na solução para a falta de oxigênio hospitalar para pacientes com Covid-19 em Manaus.

Com a falta do oxigênio, pessoas morreram por asfixia e outras precisaram ser transferidas para outros Estados paa receber atendimento médico em outros Estados.

O ministro do STF também determinou que Pazuello preste depoimento à PF em cinco dias depois de sua intimação. O inquérito deve ser concluído dentro de dois meses. O ministro poderá marcar o dia, o horário e o local para ser ouvido. Devido ao direito ao foro de ministro de Estado, a investigação deve tramitar no Sinq (Serviço de Inquéritos Especiais).

Em documento encaminhado ao Supremo na última semana, a PGR (Procuradoria-Geral da República) diz que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre um possível colapso do sistema de saúde em Manaus em dezembro, mas representantes só foram enviados ao Estado em janeiro. A procuradoria aponta ainda indícios de atraso para envio de oxigênio hospitalar às cidades do Amazonas.

A PGR também relatou que oito dias depois de Pazuello tomar conhecimento da iminência de colapso no sistema amazonense, o ministério entregou 120 mil unidades de hidroxicloroquina, quase o mesmo número de testes do tipo PCR que havia sido entregue ao Amazonas.

O procurador-geral, Augusto Aras, disse que a distribuição de cloroquina foi iniciada em março de 2020, inclusive com orientações para o tratamento precoce da doença, todavia sem indicar quais os documentos técnicos serviram de base à orientação.

Aras defende o aprofundamento nas investigações sobre os “gravíssimos fatos imputados” ao ministro, “considerando que a possível intempestividade nas ações do representado” . Ele lembra que o ministro tinha dever legal e possibilidade de agir para mitigar os resultados e que os fatos podem caracterizar omissão passível de responsabilização cível, administrativa e/ou criminal.

“Mostra-se necessário o aprofundamento das investigações, a fim de se obter elementos informativos robustos para a deflagração de eventual ação judicial”, disse o procurador.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Prefeitura aponta insuficiência financeira de R$ 69,9 milhões no caixa de Porto Alegre
Rio Grande do Sul registra 3.461 novos casos de coronavírus e 48 mortes pela doença
https://www.osul.com.br/policia-federal-abre-inquerito-para-investigar-se-houve-omissao-de-ministro-da-saude-no-colapso-sanitario-em-manaus/ Polícia Federal abre inquérito para investigar se houve omissão de ministro da Saúde no colapso sanitário em Manaus 2021-01-29
Deixe seu comentário
Pode te interessar