Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 29 de fevereiro de 2016
A PF (Polícia Federal) espera que o maior empreiteiro do País, Marcelo Bahia Odebrecht, esclareça nos próximos dias de prisão temporária do marqueteiro do PT João Santana e sua mulher, Mônica Moura, os fatos sobre “sua rede de distribuição de ‘acarajés’”. “No curso do novo prazo da prisão temporária, espera-se que Marcelo possa prestar esclarecimentos relevantes sobre a distribuição de ‘acarajés’ e as menções ao codinome Feira espalhadas em seu celular e replicadas por funcionários em planilhas e anotações”, informam os delegados Márcio Anselmo e Renata Pereira da Silva, no pedido de nova prisão temporária do casal. A prisão foi prorrogada pelo juiz federal Sergio Moro.
Relatório da PF indica que executivos ligados à Odebrecht usavam a palavra “acarajé” como senha para entrega de valores supostamente ilícitos. O resgate de e-mails feito na 23ª Operação Lava-Jato mostra que esse tipo de expediente foi usado para blindar transações.
A alusão ao quitute baiano deu origem à Operação Acarajé, que culminou com a prisão do publicitário e de sua mulher e sócia, marqueteiros das campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014), na segunda-feira. Segundo o relatório, quem providenciava os “acarajés” era a secretária da Odebrecht Maria Lúcia Guimarães Tavares. (AE)