Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de agosto de 2019
A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quinta-feira (22) o ex-deputado Marcelo Squassoni (PRB-SP), ex-integrantes da cúpula da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e empresários. No total, 19 pessoas foram presas nessa manhã. A ação ocorreu durante a segunda fase da Operação Tritão, que tem como objetivo desarticular organizações criminosas que fraudam licitações e contratos públicos da Codesp, no Porto de Santos. Foram expedidos 21 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão em seis cidades de São Paulo, uma no Rio de Janeiro e uma no Ceará.
A primeira fase da Operação Tritão ocorreu em outubro de 2018, quando o então presidente Michel Temer, dois diretores e um servidor da Codesp, além de três empresários, foram presos por suspeita de corrupção, fraude em licitações e apropriação de recursos públicos. Na ocasião, três contratos ilícitos firmados com a estatal foram identificados. Todos os investigados foram soltos posteriormente.
Já nesta segunda fase, foram identificados mais dois contratos, que, juntos, passam de R$ 100 milhões, com sinais de fraude: um de segurança do porto e outro de fiscalização por drone. Os mandados são de prisão temporária, que valem por cinco dias. “Com base em elementos de prova obtidos quando da deflagração da Operação Tritão, depoimentos prestados em sede de colaboração premiada e diante de informações fornecidas por membros da atual Diretoria da Codesp, a Polícia Federal conseguiu comprovar as fraudes inicialmente investigadas, além de outras que permaneceram sendo executadas mesmo após a prisão de alguns membros da organização criminosa”, informou a PF.
Os investigados devem responder pelos crimes de organização e associação criminosa, fraude e licitações, além de corrupção ativa e passiva.