Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2020
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na terça-feira (29), uma estagiária que atuava como médica, realizando procedimentos estéticos invasivos em uma clínica na avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio de Janeiro. O espaço foi interditado pelos agentes da Decon (Delegacia do Consumidor. O dono da clínica clandestina não foi encontrado.
De acordo com a Polícia Civil, a estagiária fazia procedimentos como lipoaspiração de papada, aplicação de botox. Ela foi autuada em flagrante por exercício irregular da medicina e crime contra a economia popular. O dono do estabelecimento será indiciado pelos respectivos crimes.
Na clínica, os agentes encontraram outras irregularidades e, também, um depósito com anabolizantes. O material foi apreendido e levado para a sede da Decon.
Lipoaspirações clandestinas
Em outro caso ocorrido no início de setembro, uma clínica estética havia interditada em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e um médico e uma esteticista acabaram presos em flagrante por policiais da Decon. No local, o médico e a esteticista realizavam lipoaspirações clandestinas.
A ação foi batizada de “Clínica da Morte” porque os profissionais realizavam os procedimentos sem higiene em um local que somente possuía autorização para realizar depilações e maquiagens.
No momento em que a polícia chegou ao local três pacientes estavam em macas com procedimentos de lipoaspiração já iniciados. As vítimas foram encaminhadas a um hospital para atendimento de primeiros socorros e depois foram à delegacia prestar depoimento.
Segundo a polícia, na clínica não havia condições de higiene e foram apreendidos diversos materiais que indicavam a realização de lipoaspirações, além de anestésicos e demais objetos. De acordo com as investigações os procedimentos invasivos eram realizados em datas específicas e durante a noite, com o objetivo de ludibriar a fiscalização.
Segundo a delegada titular da Decon, Daniela Terra, o médico preso em flagrante está com o registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) cassado há cinco anos e possui anotações criminais por homicídios, falsidade ideológica, lesão corporal, estelionato, associação criminosa e exercício ilegal da medicina. Já sua assistente e dona da clínica, tinha licença apenas para fazer apenas depilação e maquiagem.
O médico e a dona da clínica foram autuados por estelionato, exercício ilegal da profissão, lesão corporal e falsidade ideológica. As informações são da Polícia Civil do Rio de Janeiro.