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Mundo Policiais anunciam motins contra Evo Morales em várias cidades da Bolívia

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Diante de motins policiais, Evo Morales pede que povo cuide da democracia. (Foto: Reprodução/Twitter Red Chuquisaqueña )

Policiais de três unidades na Bolívia iniciaram motim nesta sexta-feira (8) contra a repressão a opositores de Evo Morales. Os grupos se recusam a reprimir as manifestações contra o presidente, reeleito em outubro para um quarto mandato consecutivo após eleições contestadas por opositores.

Os motins ocorreram nas unidades policiais das seguintes cidades: Cochabamba, Sucre e Santa Cruz. Além disso, manifestantes saúdam policiais em La Paz, onde protestos contra Evo ocorrem nesta noite. Os motins policiais começaram na Unidade Tática de Operações Policiais de Cochabamba (Utop), cidade localizada no centro da Bolívia. Em seguida, agentes de segurança das outras cidades aderiram ao movimento.

Imagens de TV mostraram ao vivo cerca de 20 policiais no alto do edifício do quartel da Utop de Cochabamba, agitando uma bandeira boliviana, enquanto dezenas de jovens opositores se amontoavam nos arredores, saudando-os da rua. Os manifestantes estouraram fogos em um ambiente festivo e içaram em um mastro uma bandeira boliviana – vermelho, amarelo e verde –, entoando o hino nacional.

Nas últimas horas, circularam versões – segundo o jornal “Los Tiempos de Cochabamba” – sobre queixas e reivindicações de militares contra o comandante da polícia local, Raúl Grandy, de maus-tratos e ter se inclinado a favor de manifestantes governistas durante os confrontos de rua contra opositores.

Confrontos na quinta-feira terminaram com ao menos um morto e de 80 a 90 feridos. Segundo versões extraoficiais, os policiais receberam ordens de Grandy de reprimir aos manifestantes da oposição e favorecer o grupo de seguidores do presidente Morales.

Por outro lado, o comando policial nacional nomeou como novo comandante da Polícia de Cochabamba o coronel Javier Zurita. A Bolívia vive a terceira semana de violentos protestos, com greves e bloqueios de ruas, contra a reeleição de Evo para um quarto mandato.

Nesta sexta-feira e na madrugada de sábado, manifestantes antigoverno saíram às ruas e fizeram vigília ao redor de unidades militares em várias cidades dando apoio ao movimento policial e pedindo que as forças de segurança se juntassem à oposição. Em Oruro, os policiais amotinados tomaram a sede do governo local, e em Cochabamba, o prédio do Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Morales, foi incendiado. Na cidade, policiais estenderam uma faixa com os dizeres “não à fraude”. Na manhã deste sábado, unidades que guarneciam a Praça Murillo, centro político de La Paz, onde está o Congresso, voltaram ao quartel, deixando o local praticamente sem segurança. Por volta do meio-dia, os policiais anunciaram apoio à exigência de renúncia de Morales e às reivindicações salariais.

Evo Morales se pronúncia

Após a eclosão de motins de unidades da polícia em sete dos nove departamentos (estados) do país na sexta-feira, o presidente da Bolívia, Evo Morales, advertiu no Twitter que “a democracia está em risco” e pediu à população que se mobilize para protegê-la. O movimento policial, que teve origem aparentemente em reivindicações setoriais, agrava a crise política boliviana, iniciada com a recusa da oposição em aceitar a vitória de Morales no primeiro turno nas eleições presidenciais de 20 de outubro, sob alegação de que houve fraude . Muitos policiais amotinados deram declarações de apoio à oposição.

“Irmãs e irmãos, nossa democracia está em risco devido ao golpe de Estado lançado por grupos violentos que prejudicam a ordem constitucional”, diz o tuíte do presidente, que conclamou ao povo boliviano a “cuidar pacificamente da democracia e da Constituição para preservar a paz e a vida”.

A dimensão do movimento e seus objetivos exatos não são claros. Os motins começaram na Unidade Tática de Operações Policiais de Cochabamba, no centro da Bolívia, e espalharam-se para outras cidades, como Sucre, Santa Cruz, Potosí e Oruro. Em Cochabamba, os amotinados exigiam a princípio a demissão do chefe de polícia local, Raúl Grandy, por ter dado declarações a favor de movimentos sociais leais ao governo envolvidos em confrontos com a oposição. Ele acabou sendo substituído na própria tarde de sexta-feira pelo ex-diretor nacional de Trânsito Jaime Edwin Zurita, mas o amotinamento prosseguiu. Neste sábado, o governo substituiu também o comandante de polícia de Santa Cruz, coronel Igor Echegaray.

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https://www.osul.com.br/policiais-anunciam-motins-contra-evo-morales-em-varias-cidades-da-bolivia/ Policiais anunciam motins contra Evo Morales em várias cidades da Bolívia 2019-11-09
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