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Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2020
Uma reunião no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, na manhã desta sexta-feira, redefiniu protocolos de limpeza e desinfecção de aeronaves diante do surto de coronavírus na China. Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a reunião esclareceu a comunidade aeroportuária sobre a situação do vírus e ressaltou as orientações de limpeza para evitar possível contágio.
Segundo o balanço mais recente, foram registrados ao menos 1.372 casos de infecção e 41 mortes por complicações da doença na China.
No Brasil, um caso suspeito foi identificado em uma mulher de 35 anos, em Belo Horizonte, porém descartado na quinta-feira pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais. Ela foi internada com sintomas respiratórios de infecção, após passar por Xangai. Oficialmente, o Ministério da Saúde não registrou nenhum caso do vírus no Brasil até agora.
No entanto, explica a Anvisa, o Brasil tem adotado medidas de proteção. A agência informou que está orientando equipes que trabalham em portos, aeroportos e fronteiras sobre a detecção de casos suspeitos, ressaltando a utilização de equipamento de proteção individual.
Ainda de acordo com a Anvisa, o fornecimento de equipamentos de proteção individual para os trabalhadores deve ser fornecido pelas companhias aéreas.
O protocolo de desinfecção das aeronaves deve ser executado em todo o país, mas aeroportos com maior fluxo de passageiros internacionais, como o de Guarulhos, estão sendo acompanhados mais de perto. No caso de voos que chegam direto da China, explica a Anvisa, agentes estão acompanhando o desembarque para orientar sobre os sintomas do coronavírus.
Além de intensificar os protocolos de limpeza e desinfecção das aeronaves e dos terminais, serão divulgados informes sonoros diariamente com orientações sobre o vírus. O alerta informa sobre os sintomas, como se proteger e o que fazer em casos suspeitos. Além da Anvisa, estavam na reunião as companhias aéreas, empresas instaladas no aeroporto e órgãos de saúde de São Paulo.
O que é o coronavírus?
O vírus que surgiu na província de Wuhan, no centro da China, no fim do ano passado, se espalhou para metrópoles chinesas como Pequim e Xangai, além de Estados Unidos, Tailândia, Taiwan, Coréia do Sul e Japão. Na sexta-feira dois casos foram confirmados na França. A maior parte dos diagnósticos aconteceu nos últimos dias.
Os sintomas são nariz entupido, tosse, garganta inflamada, mal estar, febre e dor de cabeça. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, a maior parte das pessoas contrai algum tipo de coronavírus durante a vida, e tende a se curar em poucos dias.
Mas algumas variantes do coronavírus podem afetar gravemente o sistema respiratório, causando pneumonia, sobretudo em pessoas muito jovens ou idosos, em portadores de doenças cardiopulmonares ou em pessoas com sistema imunológico debilitado.