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Futebol Por que Neymar bate pênalti tão bem? Foram 74 pênaltis convertidos e só 15 desperdiçados, um aproveitamento de 83%

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Craque brasileiro faz um movimento em curva que o faz demorar mais tempo para chegar à bola e concluir a cobrança

Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Foram 74 pênaltis convertidos e só 15 desperdiçados, um aproveitamento de 83%. (Foto: Lucas Figueiredo/Divulgação)

Neymar marcou seu primeiro gol de pênalti como profissional aos 18 anos, em uma partida pelo Santos, contra o Atlético-MG, diante do goleiro Aranha, em 2010. Naquele ano, a paradinha seria proibida. Mas ainda foi usada pelo craque como recurso para humilhar Rogério Ceni em jogo contra o São Paulo, na terceira penalidade convertida pelo então menino da Vila. De lá para cá, foram 74 pênaltis convertidos e só 15 desperdiçados, um aproveitamento de 83%. Apenas três erros foram cometidos com a camisa do Brasil. Mas como ele se tornou um dos melhores batedores de pênalti do mundo?

Depois que a regra mudou e a paradinha foi vetada, Neymar passou a utilizar um movimento em curva que o faz demorar mais tempo para chegar à bola e concluir a cobrança. Esse movimento de um jogador destro que finaliza com o pé direito acontece do meio para o lado esquerdo, para depois voltar em direção ao centro no contato com a bola.

Ansiedade no goleiro

Segundo profissionais do futebol, esse movimento gera mais ansiedade no goleiro, que tem como objetivo descobrir onde o adversário vai bater. A meta de um goleiro é observar não só o movimento em direção à bola, mas a posição do corpo e também do pé de apoio do batedor. Aqueles que conseguem ler esses sinais têm mais chances de defender a cobrança.

Como Neymar esconde o jogo até a hora de encostar na bola, o goleiro precisa tomar a decisão e se antecipar para um dos lados ou ficar parado. O atacante espera até o fim justamente para que essa decisão de se antecipar aconteça: assim, ele tem o gol mais livre para tocar na bola com menos força do que seria necessário caso não aguardasse a reação do goleiro.

Neymar desacelera a passada quando se aproxima da bola, como se tentasse ganhar ainda mais tempo para o goleiro tomar a decisão de pular para um dos lados. É um jogo mental. Enquanto projeta os joelhos para cima e para baixo, mantém o corpo o menos angulado possível para não indicar seu lado de preferência. Na verdade, esconder os sinais pouco importa se, no fim das contas, Neymar identifica a reação inicial do goleiro, o lado escolhido, e toca do outro.

Leis da física

Pelas leis da física, potência é igual a força vezes velocidade. Mas Neymar corrompe essas leis. Abre mão da força pelo jeito. Mesmo que chegue em cima da bola com pouca velocidade e em um tempo prolongado, vira o pé para direcionar o chute de acordo com a movimentação do goleiro. Assim, tem um espaço maior para tocar a bola.

Segundo estudos, existe um arco de ação do goleiro em que o batedor não deve acertar a bola, pois as chances de defesa são de até 50%. Já no ângulo alto e no canto baixo, próximo à trave e ao travessão, a probabilidade de se marcar um gol é de mais de 80%. Ao deslocar o goleiro, entretanto, Neymar diminui o espectro do arco de ação do goleiro e aumenta a área livre com mais chance de conversão de gol.

No fim das contas, toda a responsabilidade fica sobre os ombros dos goleiros. Se eles demoram muito para tomar a decisão, ficam “pregados”, Neymar escolhe um canto e bate na bola. Caso o goleiro se antecipe para tentar adivinhar o canto, o atacante mantém o bom aproveitamento tentando acertar justamente essas áreas mais próximas às traves e ao travessão. Normalmente, o jogador não chuta a bola no alto: dá preferência a chutes rasteiros, o que também diminui a probabilidade de erro.

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