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Porto Alegre Porto Alegre foi a capital brasileira com o maior índice de ausências de eleitores nas urnas no primeiro turno

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Serviço está disponível em diversos postos de saúde nos mais variados bairros. (Foto: Marcello Campos/O Sul)

Considerada até pouco tempo atrás por muitos de seus habitantes como uma das metrópoles mais politizadas do Brasil, Porto Alegre foi a capital com o maior índice de abstenções no primeiro turno do pleito municipal do último domingo (15). Conforme o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), foram 358.217 indivíduos que não compareceram às urnas, o que representa 33,08% do contingente apto a votar.

Para se ter uma percepção mais “matemática” desse aspecto, basta comparar com o desempenho dos dois candidatos que avançaram para o segundo turno na capital gaúcha: somando-se as ausências e votos brancos ou nulos, foram 436.971 registros, quase 50 mil a mais que os obtidos por Sebastião Melo (MDB) e Manuela D’Ávila (PCdoB), respectivamente o primeiro e segundo colocados na disputa.

O ranking de abstenções eleitorais nas capitais teve como vice-líder o Rio de Janeiro com 32,79%. Em terceiro lugar aparece Curitiba (PR) com 30,18%, seguida por Goiânia (GO) com 30,72% e São Paulo com 29,29%.

Outras nove ultrapassaram o nível de 25% de abstenção: Florianópolis (SC), Belo Horizonte (MG), Natal (RN), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Salvador (BA), Vitória (ES), Campo Grande (MS) e Aracaju (SE), nessa ordem. Manaus (AM), por sua vez, se posicionou no sentido inverso, como a capital com menor taxa de ausência (18,23%).

Possíveis motivações

A estatística da Justiça Eleitoral, entretanto, não aponta a motivação para que um terço dos porto-alegrenses não tenham participado efetivamente da escolha. Afinal, existem algumas hipóteses básicas a serem consideradas e cujo entendimento depende de um estudo mais aprofundado por especialistas:

– O não comparecimento opcional, como forma de protesto contra o sistema político ou mesmo pelo fato de o eleitor não encontrar adequação entre a sua visão de mundo e as propostas dos candidatos. Vale lembrar que, se o não comparecimento às urnas é passível de punição em um país onde o voto é obrigatório, isso não vale para o eleitorado idoso, onde a participação no processo é facultativa;

– Em meio à pandemia de coronavírus, não está descartada a hipótese de que boa parte dos ausentes no pleito tenha preferido ficar em casa, a fim de manter o distanciamento social – uma das medidas preconizadas para a prevenção ao contágio, sobretudo para idosos e outros grupos de risco;

– Outro aspecto a ser levado em conta são os inúmeros relatos (inclusive noticiados pela imprensa) de votantes que não conseguiram votar devido a dificuldades em localizar a sua respectiva seção eleitoral, problema agravado pela instabilidade no aplicativo “e-título”, que em tese deveria fornecer as informações para eliminar esse tipo de dúvidas. O problema foi constatado inclusive pela reportagem do jornal “O Sul” em zonas eleitorais da cidade.

(Marcello Campos)

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