Quarta-feira, 15 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 5 de abril de 2018
O processo de instalação de um total de 132 placas indicativas de linhas de ônibus com informações em braile, inicia-se, às 15h30min desta sexta-feira (6). O objetivo da iniciativa é facilitar o deslocamento das pessoas com deficiência visual no sistema de transporte coletivo. A primeira placa, também com espaço em QR Code, será colocada na parada localizada na rua Siqueira Campos, 1185, entre as ruas Uruguai e General Câmara, no Centro Histórico de Porto Alegre.
O evento é promovido pela Smim (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana), por meio da EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação), em parceria com a ATP (Associação dos Transportadores de Passageiros). A iniciativa atende o projeto do aluno da Unisinos, Cristiano Torres da Silva, vencedor do 2° Desafio Microrrevoluções Urbanas, promovido pela EPTC, por meio da CEM (Coordenação de Educação para a Mobilidade) para incentivar, entre o público universitário, ideias inovadoras na área da mobilidade urbana, com propostas de soluções simples e viáveis para problemas cotidianos da circulação.
O projeto, denominado “Braile em Placas de Sinalização das Paradas”, criado pelo universitário Cristiano Torres da Silva, viabilizado pela Equipe de Informação aos Usuários e Mobiliário Urbano, atende a norma brasileira de acessibilidade (NBR 9050/2015), com grande potencial de inclusão social, e também busca qualificar e melhorar a autonomia dos deficientes visuais na circulação da cidade. Por ser fixado no mobiliário existente, diminui o custo de implantação, podendo ser utilizado em toda a cidade. “Nesta primeira fase, as informações em braile estarão disponibilizadas em paradas localizadas na área central, região da cidade com maior circulação de pessoas com deficiência visual. Depois, será priorizado o eixo da avenida Ipiranga, onde as paradas de ônibus foram recentemente renovadas”, informa a arquiteta Simone Caberlon, chefe de equipe de informação ao usuário e mobiliário urbano.
O universitário Cristiano Torres da Silva inicialmente achou que seu projeto não seguiria em frente. Mas, com a confirmação da implantação das informações em braile nas paradas, disse que, só agora, caiu a ficha: “Fui incentivado pelos professores da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) a participar do desafio. Os técnicos da EPTC acreditaram no meu projeto e agora a ideia se torna realidade na cidade. Estou muito feliz com tudo isto que está acontecendo”.
A diretora técnica da EPTC, Carla Meinecke, considera extremamente positiva essa iniciativa: “A cidade é muito dinâmica, se refazendo permanentemente. Qualquer cuidado, um novo olhar, uma ideia inovadora, a partir do espaço proporcionado pelo Desafio Microrrevoluções Urbanas, como a proposta vencedora do estudante da Unisinos, certamente contribuirá, em muito, para a qualificação da nossa circulação, com reflexos no bem estar da população”, avaliou.