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Por Redação O Sul | 12 de novembro de 2015
O governo de Portugal autorizou a privatização de 66% da endividada companhia aérea TAP para evitar o “iminente colapso” financeiro da empresa. Em junho, o consórcio Gateway ganhou a disputa para comprar 61% da TAP, fatia à qual se soma um lote de 5% para os trabalhadores da companhia aérea.
O consórcio é formado por David Neeleman, empresário de nacionalidade brasileira e americana dono da Azul, e pelo presidente da companhia Barraqueiro, Humberto Pedrosa. Na quarta-feira, o Partido Socialista, que pode chegar ao poder apoiado no Parlamento pelos partidos de esquerda, avisou ao presidente da holding estatal “que não estão reunidas as condições legais nem políticas para que se mantenha este processo de reprivatização da TAP”.
A TAP tem uma dívida de mais de € 1 bilhão e capitais próprios negativos superiores a € 500 milhões, aliados a uma situação de tesouraria frágil. O atual governo português, agora demissionário, disse várias vezes que a TAP tem urgentemente de aumentar o capital, mas o Estado não tem condições e até está impedido de fazê-lo pela União Europeia.
O consórcio Gateway já disse que quer investir até € 800 milhões na TAP e expandir as rotas para os Estados Unidos e Brasil, fazendo com que a endividada companhia aérea comece a dar lucros em 2016.