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Colunistas Precisamos abrir nossas fronteiras!

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Segundo a Fenabrave, alta foi de 14,6% em relação a 2017. (Foto: Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Com o possível término do programa Inovar-Auto, previsto para ocorrer no final do ano, já é possível vislumbrar um cenário econômico positivo para o setor automotivo em 2018. Esse programa, criado no governo Lula, limita a importação de veículos em 4.800 unidades por ano por montadora. Tendo a intenção – patética, ao meu ver – de incentivar avanços tecnológicos por meio da proteção de indústrias locais, o programa nunca teve o benefício questionado de forma correta por nenhuma instituição e apenas barrou a entrada de novas marcas e modelos no Brasil. Porém, o cenário mudou. Sua contribuição para a sociedade foi investigada pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Esta constatou que a medida estava barrando demasiadamente a entrada de concorrentes externos, o que estaria prejudicando toda a cadeia que gira em torno do setor e, principalmente, o próprio consumidor.

Os benefícios que o fim desse programa protecionista e burocrático trará para a economia do país e, principalmente, para o consumidor são incontáveis. A Kia, por exemplo, já anunciou a entrada de quatro novos modelos para 2018 devido ao possível fim do Inovar-Auto. A fabricante é apenas um exemplo de empresa que estava sendo prejudicada por tal medida protecionista, por ter sua demanda reprimida devido ao limite de importação anual. A maior prova desses benefícios é o grande aumento na sua projeção de comercialização para 2018 (20 mil veículos). Tal projeção é inviável de ser traçada caso o regime protecionista continue.

O que poucos percebem é a contribuição que tal aumento no volume de vendas vai gerar para a economia. Com essa abertura de mercado, a montadora estima investir 165 milhões de reais em novas concessionárias, publicidade e melhorias gerais em suas instalações locais. Tal investimento resultará em milhares de novos empregos e alimentará substancialmente empresas locais que fornecerão para a Kia obter seus resultados almejados. Um exemplo de como a abertura de fronteiras pode ser benéfico para a economia de um país.

Isso apenas comprova o quanto temos de abrir as fronteiras do Brasil. Precisamos deixar de alimentar medidas que almejam proteger a indústria, mas que, ao contrário, acabam restringindo o potencial que temos no país. Sem contar que, apesar do que muitos pensam, tais medidas é que são as responsáveis pelo desenvolvimento de cartéis e monopólios. Normalmente, essa “proteção” privilegia apenas empresas estabilizadas, barrando novos entrantes, que não conseguem se sustentar devido ao alto custo de produção. Assim, pergunto: quem perde com isso? O consumidor, com produtos piores e mais caros; a sociedade, com menos empregos gerados e uma indústria que apenas se torna “atrasada”; e o Brasil, em geral, com sua economia sendo drasticamente impactada. Com menos Estado, menos barreiras protecionistas e, por consequência, menos burocracia, certamente teremos um futuro melhor para o brasileiro.

Rodrigo Leke Paim, publicitário e associado do IEE

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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