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Geral Prefeitura faz alerta para cuidados e divulga serviços no Dia Mundial dos Animais

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A secretaria informa que a redução das áreas naturais de convívio para animais silvestres é um grande desafio em Porto Alegre. (Foto: Juliana Herpich /SMAMS PMPA)

Em alusão ao Dia Mundial dos Animais, que é comemorado nesta sexta-feira (4), a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams) faz um alerta para a necessidade de equilíbrio nesta convivência, o que exige dos seres humanos respeito a todos os seres vivos. De acordo com a pasta, a redução das áreas naturais de convívio para animais silvestres é um grande desafio em Porto Alegre.

A chefe da Equipe de Faunas Silvestre da Smams, bióloga Soraya Ribeiro, ressalta os benefícios do convívio com os bichos. “Os animais embelezam os espaços, espalham sementes, o que contribui para o reflorestamento do ambiente urbanizado e também controlam a população de insetos que poderiam nos levar a doenças”.

Em relação a cães e gatos, a gestora do centro cirúrgico da Unidade de Saúde Animal Victória (Usav), Brunna Barni, lembra que esta data deveria ser especialmente de reflexão sobre a importância da guarda responsável. “Ninguém é obrigado a ter um animal de estimação. E o mínimo que se espera de uma sociedade civilizada é o respeito pelo ser que depende dos nossos cuidados”, frisa, ao citar que foram os anos de convívio com humanos que fez com que abandonassem sua natureza selvagem.

Confira as orientações dadas pela Prefeitura quanto aos serviços do município referentes a animais:

Morcegos – A presença deste animais em áreas urbanas exige medidas práticas para evitar a instalação de colônias em edificações como a correta vedação de aberturas, juntas de dilatação de prédios, chaminés e espaços existentes entre telhas e parede. Em Porto Alegre, com as temperaturas mais baixas no inverno, diminuiu a atividade dos morcegos (Tadarida brailiensis) por ser época da migração sazonal e, por isso, o melhor período para vistorias nos espaços onde poderiam se acomodar. Como é uma espécie fiel ao seu abrigo, voltará para o mesmo local quando cessar o frio. A Equipe de Fauna Silvestre alerta sobre a importância destes animais, grandes aliados no combate à proliferação de mosquitos na cidade. Um morcego pode comer até três mil insetos por noite. Morcegos são uma espécie silvestre, protegida pela Lei de Crimes Ambientais. A Smams não realiza a remoção desses animais.

Gambás – Os gambás (Didelphis albiventris) são animais marsupiais, assim como os cangurus, e importantes ecologicamente por dispersarem sementes de frutas e controlarem a população de alguns animais. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, é com a proximidade da primavera que são vistos com mais frequência, em parques ou pátios de residências onde se refugiam nos cantos mais reservados, durante o dia, para dormir. É assim porque os gambás têm hábitos noturnos quando partem em busca de alimentação, basicamente frutos e pequenos animais, se deslocando por árvores, muros e telhados. A orientação da secretaria é que, quando esses animais surgirem nos pátios ou áreas urbanas, os deixem livres para sair à noite e, se for o caso, se prendam os cães para evitar ataques. O gambá não é agressivo, apenas se defende de possíveis ataques. É um animal silvestre e, portanto, também protegido pela pela Lei 9.605, de 1998. A Equipe de Fauna Silvestre resgata gambás feridos ou doentes e os encaminha a uma clínica conveniada para atendimento. Recuperados são devolvidos à natureza.

Abelhas – São importantes nos processos de preservação e polinização das espécies nativas. No RS, existem 321 espécies e destas, apenas 21 possuem características sociais, ou seja, montam colônias. Grande parte das abelhas que habitam a região de Porto Alegre não apresenta ferrão, sendo inofensivas. No caso das abelhas exóticas (africanas e europeias, com ferrão) quando há necessidade de remoção em áreas públicas, deve ser solicitado atendimento ao Corpo de Bombeiros, que têm equipamentos para esse tipo de ação. Em propriedades particulares, se deve contratar apicultores particulares. Quando há ocorrência de enxames em parques, a Smams ajuda a identificar se são abelhas com ferrão e se há colmeia estabelecida, caso em que aciona os Bombeiros.

Bugio (Alouatta guariba clamitans) – Ainda encontrado em áreas naturais de Porto Alegre, o bugio ruivo é um animal silvestre ameaçado de extinção. Nas áreas urbanas, sofre com riscos de atropelamento ou choques em fios de alta tensão. Por este motivo, há pontes para facilitar a travessia em diversos pontos da Zona Sul e Extremo Sul, a fim de facilitar a travessia aérea dos bugios e outros animais. A Equipe de Fauna Silvestre resgata bugios acidentados, feridos ou doentes e os encaminha a uma clínica conveniada para atendimento. Recuperados são devolvidos à natureza.

Macaco-prego (Sapajus nigritus) – Com o aumento da urbanização das cidades os ambientes naturais acabaram fragmentados, determinando que animais como os macacos se aproximassem dos grupamentos humanos em busca de alimento e abrigo. Por ser uma espécie inteligente e carismática, muitas pessoas atraem os macacos para suas casas em uma proximidade que não é natural e, portanto, prejudicial ao animal. Quem possui estes animais próximos as suas casas não deve atraí-los, pois eles têm acesso ao alimento necessário nas matas. São animais diurnos e vivem em grupos. A Smams resgata bugios acidentados, feridos ou doentes e os encaminha a clínica conveniada para atendimento. Recuperados são devolvidos à natureza.

Serpentes e cobras – Também são encontradas em Porto Alegre e vistas com mais frequência a partir da primavera, quando as temperaturas se tornam mais elevadas. A maioria das espécies encontradas na cidade são espécies não venenosas, não oferecendo qualquer risco. Estão próximas às casas onde buscam insetos e pequenos caracóis para se alimentar. Como são animais predadores, contribuem para o controle populacional de espécies como ratos, por exemplo. A Smams também atende quando feridos.

Aves – Também durante o período da primavera, aves como os urubus (Coragyps atratus) buscam locais mais altos possíveis em zonas urbanas para colocarem seus ovos. E chaminés de prédios, floreiras acabam transformadas em ninhos. A orientação nesses casos é aguardar o período que varia entre 32 a 39 dias para eclodirem mais um período aproximado de 11 semanas para que os filhotes estejam aptos para voar. Para evitar que a postura de ovos ocorra, o ideal é proteger esses espaços ainda no inverno. Os urubus são animais silvestres com função ambiental definida e não podem ser retirados nestes períodos de reprodução da espécie. Também são resgatados pela equipe da Smams quando feridos.

Equinos – O Serviço de Recolhimento, remoção e guarda de Animais da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) mantém abrigo (Estrada Chapéu do sol, Beco do Matadouro, nº 2400 – Bairro Chapéu do Sol, Zona Sul) e conta com caminhão equipado com guincho munck com capacidade para recolhimento de cinco animais. No local, há 12 baias em alvenaria para animais debilitados, serviço veterinário e funcionários para tratamento, limpeza, manutenção do campo e atendimento ao público. Todos os cavalos recolhidos por abandono ou vítimas de maus-tratos, após apresentarem recuperação, ficam soltos no campo, interagindo com os outros animais para restabelecer seu contato com a natureza e são disponibilizados para adoção. O Abrigo da EPTC é aberto à visitação. Outras informações sobre o local no fone (51) 3266-8258.

Equipe de Faunas – Situações sobre a presença de animais silvestres em zona urbana, especialmente quando encontrarem algum ferido ou em perigo, deve-se acionar a Smams pelo telefone (51) 3289-7517, no horário das 8h30 às 12h, e das 13h30 às 18h, de segunda a sexta-feira.

O tratamento e a reabilitação da fauna resgatada pela Smams é feita pela ONG Voluntários da Fauna e, para que este trabalho ocorra, a ONG necessita de doações de alimentos como frutas, leite, farinha láctea, sementes para pássaros, maisena, carne e ovos. As doações podem ser feitas na sede da Smams (rua Luiz Volcker, 55) ou diretamente na sede da ONG (rua Marechal José Inácio da Silva,404. IAPI. Fone (51) 3341- 7664.

Animais domésticos, cães e gatos – O atendimento na Unidade de Saúde Animal Victória (Usav) é voltado a tutores inscritos no Cadastro Único do Governo Federal, cadastrados no Programa Bolsa Família, ou para animais em situação de rua. Com foco na guarda responsável e esterilização de animais, mantém um cadastro com 67 entidades e protetores independentes divididos em dois sistemas: atendimento clínico veterinário na Usav – todas as quartas-feiras – ou participação no evento Brechocão, que ocorre a cada segundo domingo do mês, ou em datas especiais previamente agendadas.

Denúncias de maus tratos a qualquer animal podem ser encaminhadas via 156, opção 9.

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