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Brasil Preocupado com a denúncia da Procuradoria-Geral da República, o presidente Michel Temer se articula com advogados após amigos virarem réus

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Temer intensificou as articulações com advogados. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O presidente Michel Temer mudou o discurso nos bastidores após a decisão da Justiça de segunda-feira (9) que transformou em réus seus amigos que foram presos na Operação Skala, da Polícia Federal.

Antes, o discurso do presidente era o de que não havia provas e de que a investigação em curso sobre o decreto dos Portos era para atingi-lo por ele ter admitido publicamente que seria candidato à Presidência da República em outubro.

Agora, com os amigos réus, o presidente já mudou o tom. Nos bastidores, Temer intensificou as articulações com advogados – principalmente Antonio Claudio Mariz – e com aliados para se blindar de uma eventual terceira denúncia por parte da Procuradoria-Geral da República. Na segunda à noite, Temer se reuniu no Planalto com Eliseu Padilha e Moreira Franco – seus principais aliados políticos.

A avaliação no Planalto é a de que Temer é uma espécie de alvo oculto desta decisão que transformou José Yunes e João Batista Lima – seus amigos de longa data e suspeitos de intermediar propina – em réus.

Desde que a Operação Skala foi deflagrada, no fim de março, Temer intensificou as articulações com aliados para reagir às investigações envolvendo o setor de Portos, e vem discutindo assunto com seu chefe de gabinete em São Paulo, Arlon Viana, principal interlocutor de Lima.

Assim como Lima, Arlon é escalado por Temer para trabalhos pessoais. Michel Temer escalou Vianna, em 2014, para serviços particulares: selecionar os profissionais para trabalhar em uma reforma na casa de Norma Tedeschi, sogra de Michel Temer. À época, Arlon Vianna era assessor da vice-presidência.

A reforma foi feita em uma casa alugada para que a mãe de Marcela Temer, que morava no interior, pudesse se mudar para São Paulo e ficar perto da filha e do neto. O presidente tem uma casa no mesmo bairro. Arlon Vianna também é tesoureiro do PMDB de São Paulo.

Arlon disse, inicialmente, que “nunca se envolveu” na reforma. “Estou te dizendo, de coração, que não me envolvo nessas coisas. De jeito nenhum. Eu trabalho com doutor Michel há 17 anos, tenho relação muito legal”.

Informado, então, de que o próprio Planalto havia confirmado que ele indicara profissionais para a reforma, Arlon Vianna atualizou a resposta:

“Não indiquei empresa. Indiquei, se não me falha a memória, um pintor. Que nem sei aonde está. Estou até procurando ele para ele esclarecer. Um pintor, um pedreiro, uma coisa assim. Parou aí. Nem me recordo direito. Pintor ou pedreiro. É a mesma pessoa. Se você vai fazer uma reforminha, tapar buraco, uma pessoa só. Foi até junto com o pai dele. Me parece”, disse.

Lima, por sua vez, foi responsável pela reforma na casa de outro familiar de Temer, a filha Maristela. “Lima é meu amigo há bastante tempo, posso lhe garantir que tem muita hombridade, pessoa correta”, disse Arlon à época.

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