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Por Redação O Sul | 24 de novembro de 2021
Desde julho, Davi Alcolumbre (foto) vinha resistindo a marcar a data da sabatina
Foto: Roque de Sá/Agência SenadoO presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), confirmou que as sabatinas de André Mendonça e de mais nove autoridades serão realizadas na próxima semana. A informação foi dada na abertura da sessão desta quarta-feira (24).
Mendonça foi indicado a uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) pelo presidente Jair Bolsonaro em julho. Pela Constituição, indicados à Corte precisam passar pelo aval do Senado, primeiramente pela CCJ e, depois, pelo plenário da Casa.
Desde julho, Alcolumbre vinha resistindo a marcar a data da sabatina. A data mais provável é o próximo dia 30, quando se comemora o Dia do Evangélico – ex-ministro da Justiça e da AGU (Advocacia-Geral da União), André Mendonça é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança.
Uma sinalização da mudança de posição foi dada na noite de segunda-feira (22). Alcolumbre deu sinal verde para o deputado federal Pedro Dalua (PSC-AP), seu aliado político, participar de um encontro da bancada evangélica com André Mendonça.
No evento, Dalua pediu a palavra para se apresentar como um liderado de Alcolumbre. E ressaltou que o senador não tinha nada contra os evangélicos. Alcolumbre vinha sendo cobrado por senadores para marcar a data da sabatina. Passou a dizer que não pretende criar uma “saia justa” para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de quem é muito próximo.
Nos últimos dias, Pacheco foi bastante questionado por vários senadores, especialmente do partido Podemos, sobre a demora para a análise do nome de Mendonça.
Na semana passada, Alcolumbre ainda resistia. Chegou a mandar a interlocutores do Palácio do Planalto o recado de que não tinha compromisso em pautar o nome de Mendonça no esforço concentrado.
Mas passou a reconhecer nas conversas mais recentes que seria negativo para a imagem do Senado deixar isso pendente durante o recesso parlamentar de fim de ano. Para ocupar a vaga de ministro, além da sabatina, Mendonça ainda precisará que a indicação seja aprovada no plenário do Senado.
Ele necessitará da maioria (41) dos votos dos 81 senadores. Se aprovado, Mendonça substituirá o ministro Marco Aurélio Mello, que se aposentou em 12 de julho.