Terça-feira, 01 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 13 de março de 2022
Nasser Al-Khelaifi, presidente do Paris Saint Germain, enfrenta outra batalha nos tribunais. Além dele, o ex-secretário geral da Fifa Jerôme Valcke, que possui outros casos de corrupção no currículo enquanto ocupava o cargo, responde por acusações de tráfico de influência na negociação dos direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2026 e 2030.
As acusações e investigações de Al Khelaifi e Valcke se iniciaram em 2017. Além de mandatário do PSG, o qatari também possui controle sobre a “beIN Sports”, emissora de TV do Catar.
As denúncias levam em consideração os valores inflacionados na negociação dos direitos de transmissão. Os 440 milhões de euros (R$ 2,4 bilhões) pagos pela emissora de Al-Khelaifi à Fifa foram considerados 60% excessivos, quando comparados com as Copas do Mundo da Rússia e do Catar.
Absolvidos em primeira instância em 2020, o tribunal suíço voltou a pedir pena de 28 meses de prisão a Al-Khelaifi e três anos a Valcke. “Depois de quatro anos de acusações infundadas, acusações fictícias e ataques constantes a minha reputação, a Justiça me absolveu por completo”, afirmou Al-Khelaifi à época de sua absolvição.
Valcke, por sua vez, foi declarado culpado por ter forjado documentos que relacionavam negócios envolvendo os direitos de transmissão do Mundial na Itália e na Grécia com seus negócios pessoais. O caso em questão não teve relação com o presidente do PSG.
Protestos
A partida diante do Bordeaux, pelo Campeonato Francês, no domingo (13), teve clima de protestos para o Paris Saint-Germain no Parque dos Príncipes. Uma das torcidas organizadas do clube convocou os parisienses a participarem das ‘ações não-violentas de protestos’. Além de vaias intensas a Neymar e Messi, um dos alvos das manifestações foi Nasser Al-Khelaifi.
Presidente do clube, o catariano está no dentro do descontentamento dos torcedores após a frustrante queda nas oitavas de final da Champions League, para o Real Madrid.
“Nós não temos memória curta. Sabemos o que nosso retorno deve ao presidente Nasser Al-Khelaïfi. Não há nada pessoal contra ele, mas é claro que ele não é o homem certo para esta situação”, publicou em comunicado a Collectif Ultras Paris. “A situação do clube agora exige uma reformulação completa em todos os níveis, e a presença diária de seu presidente”.
A demanda dos torcedores do PSG é, segundo o texto, por ‘um verdadeiro projeto esportivo’. E de acordo com relatos da imprensa francesa, isso passará por uma reformulação no elenco após o encerramento da temporada.
Segundo informações publicadas no sábado (12) pelo jornal L’Equipe, alguns nomes devem deixar a capital francesa no meio do ano. Entre eles está Ángel Di María, que foi reserva no duelo de volta contra o Real, e não terá seu contrato renovado. O jogador, de 34 anos, tem mercado em outros campeonatos europeus.
A relação do diário francês aponta ainda que a barca do PSG passará por Georgínio Wijnaldum, que não se firmou no elenco, além do zagueiro Abdou Diallo, do lateral Colin Dagba e do meia Junior Dina Emimbe.