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Mundo O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordena ataques aéreos contra o Irã, mas volta atrás em seguida. A atitude foi tomada após o Irã ter derrubado um drone americano

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Donald Trump considerou resposta desproporcional à derrubada do drone após saber que ofensiva poderia matar 150 pessoas. (Foto: Divulgação)

O presidente Donald Trump disse nesta sexta-feira (21) que havia aprovado ataques contra o Irã, mas voltou atrás e cancelou a operação. A atitude foi tomada após o Irã ter derrubado um drone americano. Segundo o republicano, em uma sequência de mensagens em uma rede social, os EUA estavam “a ponto de bala” para atacar três alvos iranianos em retaliação, mas dez minutos antes do início da ofensiva ele interrompeu a manobra quando um general lhe disse que era provável que 150 pessoas morressem.

Trump, então, diz ter considerado a ação desproporcional à derrubada do drone. Ele escreveu que não tem pressa para realizar os ataques e que as Forças Armadas dos EUA “estão reconstruídas, novas, prontas para a ação e são a melhor do mundo.” Disse ainda que novas sanções foram impostas ao Irã – sem especificar quais – e que o país “nunca pode ter” armas nucleares contra os EUA e contra o mundo.

O local onde o veículo militar não tripulado foi abatido permanece como um ponto de discórdia. O Irã diz que a aeronave sobrevoava um trecho do mar que pertence ao país, próximo da província de Hormozgan. Já os EUA afirmam que o veículo estava sobre o estreito de Hormuz, em águas internacionais, a uma distância de 33 km da costa iraniana.

O Irã disse nesta sexta-feira aos Estados Unidos, por meio do embaixador suíço, que Washington será responsável pelas consequências de qualquer ação militar contra o país, informou a agência de notícias Fars. Como Washington e Teerã não têm laços diplomáticos formais, o representante da Suíça em Teerã responde pelos interesses americanos na república islâmica.

O jornal The New York Times havia noticiado que, por volta de 19h de quinta-feira (20), oficiais militares e diplomatas estavam esperando um ataque, após intensas discussões na Casa Branca com agentes de segurança do governo. A operação começou a ser colocada em prática: aviões estavam no ar e navios, posicionados, mas nenhum foguete chegou a ser disparado. Os ataques iniciais teriam como alvo radares e baterias de mísseis no Irã.

O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, o secretário de Estado, Mike Pompeo, e a diretora da CIA, Gina Haspel, eram a favor de uma ação retaliatória, de acordo com um funcionário do governo ouvido pela Reuters e que pediu anonimato.

Na sexta-feira, oficiais iranianos disseram à agência de notícias Reuters que Teerã tinha recebido uma mensagem de Donald Trump afirmando que um ataque era iminente, mas que ele era contra a guerra e queria dialogar sobre uma série de questões. Trump teria dado um curto período de tempo para o Irã responder, e o país do Oriente Médio afirmou que a decisão de entrar ou não em guerra seria do líder supremo do país, Ali Khamenei.

A primeira reação de Trump à derrubada do drone foi dizer, na quinta-feira, que Teerã havia cometido “um erro muito grande”. Mais tarde, procurou minimizar o episódio: afirmou que “um general ou alguém estúpido” poderia ter cometido um equívoco, e que não acreditava em um ato intencional.

A queda do drone tensionou ainda mais as relações entre os países, que se agravaram desde que os EUA e a Arábia Saudita acusaram o Irã de ter causado explosões em dois navios petroleiros no estreito de Hormuz na semana passada – pelo canal passa cerca de um terço da produção de petróleo mundial.

Em maio de 2018, Trump decidiu retirar os EUA de um acordo nuclear assinado com o Irã e outras potências em 2015. Meses mais tarde, restabeleceu duras sanções contra Teerã, privando os iranianos dos benefícios econômicos esperados deste pacto internacional.

Uma das principais medidas foi determinar que países aliados aos americanos não importem petróleo iraniano – isso vem prejudicando o país, cuja principal fonte de receita é a exportação da commodity. A IRNA (Agência de Notícias da República Islâmica) informou que o Ministério das Relações Exteriores do Irã, que convocou o embaixador suíço em Teerã, disse ao enviado que o país não estava em guerra com os Estados Unidos.

No entanto, um comandante da Guarda Revolucionária do Irã disse nesta sexta que as bases militares dos EUA na região, além dos porta-aviões estacionados no golfo Pérsico, estão ao alcance dos mísseis teleguiados do Irã. “Eles não falam de guerra com o Irã porque sabem o quão vulneráveis estão [a uma resposta]”, disse o chefe da divisão aeroespacial da Guarda, Amirali Hajizadeh.

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