Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 18 de maio de 2017
Como primeiro ato após assumir a presidência interina do PSDB, o senador Tasso Jeressati (CE) pediu aos ministros do partido que permaneçam em seus cargos até a divulgação das gravações envolvendo o presidente licenciado do partido, senador Aécio Neves (MG), e o presidente Michel Temer.
“Mantendo sua responsabilidade com o País, que enfrenta uma crise econômica sem precedentes, o PSDB pediu aos seus quatro ministros que permaneçam em seus respectivos cargos, enquanto o partido, assim como o Brasil, aguarda a divulgação do conteúdo das gravações dos executivos da JBS”, diz a nota assinada pelo senador.
Pouco tempo depois do tucano divulgar a nota, o conteúdo dos áudios foi liberado.
Ao menos dois ministros, Bruno Araújo (Cidades) e Aloysio Nunes (Relações Exteriores), estariam cotados para deixar seus cargos após O Globo revelar que Michel Temer foi gravado pelo dono da JBS dando aval para a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha, que está preso. Os outros ministros do partido são Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).
O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), minimizou as denúncias contra Temer e disse que a renúncia é uma decisão de “foro íntimo”, sobre a qual não cabe ao partido opinar.