Sexta-feira, 29 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Presidente libanês diz ser “impossível” que renuncie: “Deixaria vácuo no poder”

Compartilhe esta notícia:

“Se eu renunciasse, seria necessário organizar eleições imediatamente. Mas a situação atual do país não permite a organização dessas eleições”, disse Michel Aoun

Foto: Reprodução
“Se eu renunciasse, seria necessário organizar eleições imediatamente. Mas a situação atual do país não permite a organização dessas eleições”, disse Michel Aoun. (Foto: Reprodução)

O presidente libanês Michel Aoun disse ser “impossível” que renuncie após os pedidos para que deixe o cargo, que se intensificaram após a grande explosão em Beirute, que matou mais de 170 pessoas e feriu mais de 6.000 outras. Pressionado, na última semana o governo do Líbano anunciou a renúncia de todos os membros do gabinete que administra o país.

Falando sobre a possibilidade de sua renúncia, Aoun afirmou em uma entrevista gravada à rede francesa BFM: “Isso é impossível, porque isso levaria a um vácuo de poder. O governo renunciou. Vamos imaginar que eu renunciasse. Quem garantiria o continuidade de poder?”.

“Se eu renunciasse, seria necessário organizar eleições imediatamente. Mas a situação atual do país não permite a organização dessas eleições”, acrescentou. Quando questionado sobre a investigação da explosão, Aoun citou sua complexidade, dizendo que “não será possível terminar muito rapidamente como gostaríamos.”

O presidente acrescentou que pediu ao conselho judicial para supervisionar a investigação e apelou a um “magistrado independente” para investigar. A explosão massiva que atingiu a capital do Líbano em 4 de agosto danificou grande parte da cidade e gerou protestos violentos contra as autoridades.

Menos de uma semana após a explosão, o Primeiro Ministro do Líbano Hassan Diab descreveu como um “desastre além da medida” durante um discurso no qual ele anunciou sua renúncia e a de seu governo.

Em seu discurso, Diab mirou na classe política dominante do Líbano por promover o que ele chamou de “um aparato de corrupção maior que o estado” e disse que seu governo escolheu “ficar com o povo” ao renunciar.

Ao sugerir que os membros de seu Gabinete “lutaram bravamente e com dignidade”, ele acrescentou: “Entre nós e a mudança existe uma grande e poderosa barreira”. O Líbano já vinha enfrentando dificuldades econômicas nos meses anteriores à explosão, com sua moeda perdendo cerca de 70% de seu valor desde outubro passado e o Banco Mundial prevendo que metade de sua população ficaria pobre em 2020.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

A Coreia do Sul isola milhares de fiéis de uma igreja protestante após casos de coronavírus
Presidente do Tribunal Superior Eleitoral diz que ameaças à democracia são “retóricas”
https://www.osul.com.br/presidente-libanes-diz-ser-impossivel-que-renuncie-deixaria-vacuo-no-poder/ Presidente libanês diz ser “impossível” que renuncie: “Deixaria vácuo no poder” 2020-08-17
Deixe seu comentário
Pode te interessar