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Brasil Presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados lamentam racismo que provocou a morte de um homem negro em supermercado de Porto Alegre

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Após votar no Rio, Maia também disse que não é hora de discutir sucessão no Congresso. (Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados)

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), assim como diversas autoridades brasileiras, se manifestaram contra o assassinato brutal de João Alberto Silveira Freitas, um homem negro de 40 anos, agredido no estacionamento do supermercado Carrefour localizado na Zona Norte de Porto Alegre por dois seguranças brancos.

Rodrigo Maia cobrou “o peso da lei” para punir quem promove o ódio e o racismo. Ele prestou solidariedade à família e aos amigos de João Alberto.

“Em nome da Câmara dos Deputados, envio meus sentimentos à família e aos amigos do João Alberto Silveira Freitas. A cultura do ódio e do racismo deve ser combatida na origem, e todo peso da lei deve ser usado para punir quem promove o ódio e o racismo”, disse o presidente.

No Dia da Consciência Negra, celebrado nesse 20 de novembro, Maia ressaltou que a luta pela igualdade e contra o racismo é permanente. Para o presidente da Câmara, a data traz uma reflexão necessária de que igualdade e representatividade precisam ser diárias. O parlamentar postou os comentários em suas redes sociais.

“Em tempos de intolerância, o Dia da Consciência Negra traz uma reflexão necessária a todos nós. A data de hoje tem que ser vivida e lembrada todos os dias para não esquecermos nunca que a luta pela igualdade e contra o racismo é permanente. Igualdade e representatividade precisam ser diárias, a todos nós”, afirmou.

Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, se pronunciou destacando o papel do racismo estrutural na perpetuação de casos como o da capital gaúcha.

“No Dia da Consciência Negra, o assassinato brutal de João Alberto Freitas, espancado até a morte por seguranças de um supermercado, em Porto Alegre, estarrece e escancara a necessidade de lutar contra o terrível racismo estrutural que corrói nossa sociedade”.

Outros senadores também se manifestaram ao longo do dia.

O presidente da Comissão de Direito Humanos (CDH), senador Paulo Paim (PT-RS), emitiu uma nota de repúdio em que manifesta “tristeza e indignação” com o acontecimento, transmite condolências à família da vítima e garante que vai trabalhar pela punição dos responsáveis. Paim também destacou não ser a primeira vez que um estabelecimento da rede Carrefour é palco de cenas de violência e discriminação racial. O senador convidou representantes da empresa para participarem de um encontro virtual para tratar do tema.

Em mensagem nas redes sociais, Paim também urgiu a apreciação da sugestão legislativa que que pune policiais que atuam motivados por preconceito. Apresentada pela UNEafro Brasil como ideia legislativa, e apoiada por mais de 20 mil cidadãos no Portal e-Cidadania, a sugestão tem relatoria do próprio Paim e ainda precisa ser convertida em projeto de lei pela CDH. A proposta não se aplicaria ao caso em questão, pois se destina apenas à segurança pública, mas um dos seguranças responsáveis pela morte de João Alberto é um policial militar.

“Lamentavelmente a história se repete. Mais uma pessoa negra é espancada e assassinada covardemente. Ódio, violência, racismo, discriminação, intolerância… Até quando? O sangue das senzalas ainda continua a jorrar no Brasil”, protestou Paim.

Já o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) apresentou uma denúncia contra a rede Carrefour ao Conselho Nacional de Direitos Humanos, órgão vinculado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e um voto de repúdio contra a empresa ao Plenário do Senado. Ele também classificou o ato como um “crime brutal e racista” que “precisa ser punido”.

“No Dia da Consciência Negra, esse crime, de assassinato gratuito, nos faz uma advertência macabra: o sangue negro segue escorrendo pelas ruas, sem causar perplexidade. Será só mais um capítulo de um pacto tácito e naturalizado de extermínio racial?”, questionou.

Também representante do estado do Rio Grande do Sul, o senador Lasier Martins (Podemos) lamentou a “inconsciência negra” demonstrada pela morte de João Alberto, e disse esperar que o caso se torne “um marco” para a conscientização da população.

“Episódios como este envolvendo o cliente de um supermercado de Porto Alegre, na véspera do Dia da Consciência Negra, são tristes e reveladores. É hora de lamentar a violência, exaltar a consciência e trabalhar por dias de mais igualdade e respeito”, escreveu.

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