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Brasil Um preso pela Polícia Federal disse que pode apresentar informações sobre um suposto envolvimento de um ex-ministro gaúcho no esquema de fraudes na concessão de registros sindicais

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Ronaldo Nogueira, ex-presidente da Funasa no governo Bolsonaro e ex-ministro do Trabalho na gestão Temer. (Foto: Agência Brasil)

Preso preventivamente na Operação Registro Espúrio e apontado como um dos principais operadores do PTB e da UGT (União Geral dos Trabalhadores) no Ministério do Trabalho, o ex-servidor da pasta Renato Araújo Júnior disse, em depoimento à PF (Polícia Federal), que era um mero “cumpridor de ordens” no esquema de fraudes na concessão de registros sindicais.

Araújo Júnior apontou que pode apresentar informações sobre o que chamou de “envolvimento” do ex-ministro Ronaldo Nogueira (PTB-RS), que deixou o cargo em dezembro para reassumir mandato de deputado. Ele não foi alvo da operação.

A menção a Nogueira ocorreu no contexto em que Renato falava que recebeu diversos pedidos da UGT para registros de entidades vinculadas à central sindical, “muitas vezes sem os requisitos necessários” e que esses “pedidos eram, na verdade, ordens veladas”, vindas do presidente da UGT, Ricardo Patah, e de outros nomes relacionados à central sindical.

Araújo Júnior afirmou que Patah é ligado ao ex-ministro e que fazia pedidos a Nogueira. O ex-servidor declarou à PF que “futuramente, depois de tomar conhecimento acerca do teor dos autos, pretende prestar informações sobre o envolvimento de Ronaldo Nogueira nos fatos; que esclarece que os ‘pedidos’ (da UGT) eram direcionados não somente ao declarante, mas também a Renata Frias Pimentel, Leonardo Cabral, Carlos Lacerda e ao próprio ministro Ronaldo Nogueira; que futuramente pode declinar a participação de alguns deles nas fraudes sindicais”.

O depoimento é de 31 de maio e foi o segundo prestado pelo ex-servidor, que está preso no Complexo Penitenciário da Papuda. Ele encerrou a fala afirmando que “deseja que fique consignado o seu interesse em colaborar amplamente no curso da investigação, prestando novos depoimentos se necessário”.

Defesa

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o ex-ministro Ronaldo Nogueira “refutou com indignação” a menção ao nome dele e afirmou que exonerou Renato Araújo Júnior no ano passado, quando soube que o Ministério Público Federal na primeira instância havia aberto uma investigação sobre fraudes em registros sindicais. Nogueira negou a afirmação do ex-servidor de que recebia pedidos de Patah e disse que a relação que tinha com dirigentes de centrais sindicais era institucional.

“Graças a Deus, o único patrimônio que tenho é minha honra e meu nome. Não há qualquer possibilidade de se afirmar que o ministro fez qualquer pedido a ele. Defendo o aprofundamento das investigações.”

Operação

Deflagrada em 30 de maio, a Registro Espúrio investiga suspeitas sobre uma organização formada por políticos, lobistas, dirigentes de sindicatos e funcionários públicos que teria praticado fraudes e corrupção para liberação e veto de registros sindicais dentro da Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho. Na segunda fase da operação, realizada na última terça-feira (12), a PF vasculhou o gabinete da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) e dois endereços residenciais dela, diante de novos indícios de que ela teria feito parte do esquema. Ela nega envolvimento.

Araújo Júnior afirmou à PF que centrais sindicais “exercem fortíssima influência dentro do Ministério do Trabalho” e “frequentemente são feitos pedidos para direcionar o resultado ou burlar a ordem cronológica de análise dos processos de registro sindical, nos quais tais entidades possuem interesse direto”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

 

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