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Por Redação O Sul | 15 de outubro de 2020
Apesar de alta, indicador segue abaixo do nível registrado antes da pandemia do novo coronavírus
Foto: ReproduçãoA economia brasileira cresceu pelo quarto mês consecutivo em agosto, segundo números divulgados nesta quinta-feira (15) pelo BC (Banco Central).
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), considerado uma “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto), registrou crescimento de 1,06% em agosto, na comparação com julho. O número foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes.
Na comparação com agosto do ano passado, porém, o indicador registrou uma contração de 3,92%, informou o Banco Central. Além disso, os números apontam para uma desaceleração no ritmo de crescimento. Em julho, a economia avançou 3,71% (número revisado) na comparação com junho.
Os resultados do IBC-Br, neste ano refletem os efeitos da pandemia do novo coronavírus, sentidos com maior intensidade na economia em março e abril. De maio em diante, os números mostram o início de uma reação.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial é divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
PIB x IBC-Br
Os resultados do IBC-Br são considerados uma “prévia do PIB”. Porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto. O cálculo dos dois é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos.
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.
Atualmente, a taxa Selic está em 2% ao ano, na mínima histórica, e o Banco Central indicou, no comunicado da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), cautela na análise de novos cortes de juros.