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Por Redação O Sul | 21 de maio de 2023
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), indicou alta de 2,41% no primeiro trimestre deste ano. O resultado divulgado pelo Banco Central foi calculado após ajuste sazonal — uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes. A comparação foi feita com os três últimos meses de 2022.
Em comparação ao trimestre de janeiro a março de 2022, a alta do IBC-Br foi de 3,87% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais). Em março de 2023, o índice teve queda de 0,15%, atingindo 147,09 pontos.
Na comparação com o mesmo mês de 2022, houve crescimento de 5,46% (também sem ajuste para o período). Desde agosto do ano passado, o IBC-Br vinha caindo, com interrupção da retração em dezembro, quando houve alta, seguida de estabilidade em janeiro, alta em fevereiro e, agora, nova queda.
No acumulado em 12 meses, o indicador ficou positivo em 3,31%.
Atividade econômica
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 13,75% ao ano, o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia – indústria, comércio e serviços e agropecuária –, além do volume de impostos.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas ajudam a redução da inflação, mas também podem dificultar a expansão da economia. Ainda assim, o resultado do IBC-Br do trimestre aponta uma recuperação da atividade.
Indicador oficial
O indicador oficial da economia brasileira, entretanto, é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com resultado trimestral, o valor do primeiro trimestre de 2023 será divulgado em 1º de junho. Em 2022, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, totalizando R$ 9,9 trilhões.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Se ele cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Entretanto, nem sempre crescimento do PIB equivale a bem estar social.
Na semana passada, o mercado financeiro estimou que o PIB de 2023 terá crescimento de cerca de 1%. Em audiência na Câmara dos Deputados nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, projetou uma alta bem maior: de cerca de 2% neste ano.