Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 8 de fevereiro de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Dois ministros já sabem que, distantes e acomodados em seus gabinetes, vão naufragar em água rasa. Com equipamentos adequados, Paulo Guedes e Sérgio Moro mergulham desde ontem no Senado e na Câmara dos Deputados para tentar convencer os parlamentares sobre a necessidade de apoio às reformas da Previdência e dos Códigos Penal e de Processo Penal.
Munição armazenada
A delação de Antonio Palocci não é só premiada, mas também continuada. Quando se imagina que a metralhadora giratória vai parar, abre-se mais uma porta do paiol.
Briga feia
Pelo critério de proporcionalidade das bancadas, o MDB ficará com a presidência da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Haverá novo round entre os pretendentes: Renan Calheiros e Simone Tebet. Pode ser o nocaute derradeiro do alagoano.
Estreia
O deputado federal Lucas Redecker fez seu primeiro pronunciamento emocionado na tribuna, quarta-feira, lembrando a atuação dinâmica de seu pai como parlamentar da Câmara. Referiu os pontos em torno dos quais vai concentrar as atenções: 1) a regulamentação da Lei Kandir, que o governo federal tem esquecido, provocando imensos prejuízos aos estados; 2) a busca de novo formato para o pacto federativo; 3) a renegociação da dívida dos Estados com a União. O Rio Grande do Sul fez acordo no valor de 9 bilhões e 700 milhões de reais há 21 anos. Já pagou 28 bilhões e ainda deve 58 bilhões. Um absurdo.
Vergonha nacional
O professor José Antônio de Oliveira Resende publicou ontem artigo no jornal Estado de Minas para guardar. Um trecho:
“A lama, quando secar, fará aparecerem figuras de barro seco, imóveis e sinistras, que um dia viveram. Antes de sumir do cenário, ainda conseguirão reescrever a história dos últimos dias de uma Pompeia que poderia não acontecer. Essa história já havia sido reescrita antes, no lamaçal de Mariana. Todo mundo leu, porém, ninguém aprendeu. E agora Brumadinho reedita, sem revisões, a mesma história. E o pergaminho será corroído pelas traças da amnésia nacional. Que minha crônica, pelo menos, possa soprar um pouco de vida sobre os desventurados bonecos de barro de Brumadinho, a fim de que se convertam em Adões e Evas voltando ao paraíso da justiça, ganhando a redenção vivificante da memória que transforma.”
Para sair da zona de turbulência
Em 2016, a Prefeitura de Porto Alegre gastou 1 milhão de reais em passagens aéreas. Veio para 500 milhões em 2017 e, no ano passado, caiu para 300 mil. Algum dos contribuintes de impostos sentiu a diferença na prestação de serviços? Outro exemplo: locação de veículos. Em 2016, foram 32 milhões e 400 mil; em 2017, houve redução para 28 milhões; em 2018, nova queda: 23 milhões e 600 mil.
Provocou um choque
Numa roda de amigos, ontem, no Centro de Porto Alegre, a conversa girava em torno de dificuldades do cotidiano. Um argentino aposentado do serviço público, que morava em Buenos Aires, surpreendeu ao dizer que ganhava, por mês, o equivalente a 5 mil dólares. Há 15 anos, o governo cortou para 2 mil e 500 dólares. Sucedeu-se um longo silêncio. Dando a impressão que estava constrangido, despediu-se e foi embora. Pouco depois, alguém balbuciou: que isso não se repita no Brasil. Todos declararam ter pensado na mesma frase.
Vai desistir
Projeto de lei, que proíbe a venda de óculos em lojas não autorizadas, começou a tramitar na Câmara. O autor, deputado federal Carlos Gaguim, de Tocantins, precisa vir a Porto Alegre e passear pelas ruas do Centro. Verá quem tem a reserva indestrutível de mercado.
Deve levantar a placa de substituição
Para defender o ex-presidente Lula, o PT insiste com o advogado que é garoto propaganda remanescente da famosa Brilhantina Glostora. Ele não ganha uma!
Escândalo carioca
Tim Maia nunca desafinou. Porém a engenharia sai vergonhosamente do tom na ciclovia com seu nome no Rio de Janeiro. Desabou pela terceira vez.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.