Terça-feira, 12 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 12 de agosto de 2025
Aliados do premiê defendem a expulsão dos palestinos do território e a ocupação da faixa por colonos judeus.
Foto: ReproduçãoO primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse nesta terça-feira (12) que irá autorizar que habitantes da Faixa de Gaza emigrem para o exterior.
A medida vem a público depois de Israel ampliar a ofensiva militar dentro do território palestino e do aumento da crise de fome no local, em meio à guerra contra o grupo terrorista Hamas. Aliados de Netanyahu defendem a expulsão dos palestinos de Gaza e a ocupação da faixa por colonos judeus.
Perguntado durante uma entrevista ao canal de TV internacional I24 News sobre a possível emigração de habitantes de Gaza para o exterior, Netanyahu avaliou que “isto ocorre em todos os conflitos”. “Nós os autorizaremos, durante e depois dos combates”, afirmou.
Netanyahu diz que quer concretizar a visão do presidente americano Donald Trump de realocar grande parte da população de Gaza por meio do que ele chama de “migração voluntária”. Israel apresentou propostas de reassentamento semelhantes a outras nações africanas.
Palestinos, grupos de direitos humanos e grande parte da comunidade internacional rejeitaram as propostas alegando ser um modelo para expulsão forçada, em violação ao direito internacional.
Para o Sudão do Sul, tal acordo poderia ajudá-lo a estreitar laços com Israel, agora a potência militar quase incontestável do Oriente Médio. É também um potencial avanço para Trump, que abordou a ideia de reassentar a população de Gaza em fevereiro, mas parece ter recuado nos últimos meses.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel não quis comentar, e o ministro das Relações Exteriores do Sudão do Sul não respondeu a perguntas sobre as negociações. Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA afirmou que o país não comenta conversas diplomáticas privadas.