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Brasil Primo da mulher do juiz Sérgio Moro é preso na Operação Lava-Jato

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A 55ª fase da Operação Lava-Jato (Operação Integração II) foi deflagrada nesta quarta-feira em quatro Estados. (Foto: Reprodução)

Luiz Fernando Wolff de Carvalho, proprietário da Triunfo Participações, responsável pela concessionária de pedágio Econorte, foi um dos presos na segunda fase da Operação Integração, derivada da Operação Lava-Jato, nesta quarta-feira (26). Carvalho é primo de Rosangela Wolff, mulher do juiz federal Sérgio Moro, que abriu mão do caso em junho.

Na época, Moro afirmou que a Operação Integração não tinha nenhuma ligação com a Petrobras ou com o Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht. Afirmou ainda estar sobrecarregado. O caso foi redistribuído para o juiz Paulo Sérgio Ribeiro, que determinou as prisões desta quarta.

Rosangela e Luiz Fernando são primos em segundo grau. Ambos possuem os mesmos bisavós (Bernardo Wolff e Silvina do Amaral Wolff). O parentesco foi identificado pelo professor Ricardo Costa de Oliveira, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que estuda genealogia de famílias tradicionais paranaenses, no livro “O Silêncio dos Vencedores: Genealogia, Classe Dominante e o Estado do Paraná”.

No pedido de prisão formulado pelo Ministério Público Federal e aceito por Ribeiro, Wolff de Carvalho é descrito pelo delator Nelson Leal Júnior, ex-diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR), como sendo “o representante de empresa de pedágio que mantinha o contato mais próximo com o governo do Paraná”.

E-mails obtidos pelo MPF revelam que Wolff negociava diretamente com José Richa Filho, irmão do ex-governador Beto Richa (PSDB), os reajustes nas tarifas praticadas pela concessionária.

Em nota, a Triunfo Participações afirma que “sempre contribuiu de forma transparente com as investigações ligadas à companhia e suas controladas”. Diz também que, por ser uma empresa de capital aberto e ter ações negociadas nas Bolsa, “os resultados financeiros de suas controladas, inclusive Econorte, também são públicos e auditados por empresa de auditoria independente”.

Anel da Integração

A 55ª fase da Operação Lava-Jato (Operação Integração II) foi deflagrada nesta quarta-feira em quatro Estados. A investigação policial tem como foco a apuração de casos de corrupção ligados aos procedimentos de concessão de rodovias federais no Estado do Paraná que fazem parte do chamado Anel da Integração.

Policiais federais, Auditores da Receita Federal e Membros do Ministério Público Federal participam da ação realizada simultaneamente nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo. Aproximadamente 400 servidores públicos participaram das ações. Foram cumpridos 73 mandados de busca e apreensão, 3 mandados de prisão preventiva e 16 mandados de prisão temporária.

A partir da deflagração da primeira fase da Operação Integração, com o avanço das investigações, da análise de todas as provas reunidas e dos acordos de colaboração premiada firmados por alguns investigados foi possível identificar a existências de núcleos específicos e organizados que atuavam de forma criminosa para explorar e obter benefícios indevidos a partir dos contratos de concessão de rodovias federais no Paraná.

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