Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de julho de 2015
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, rebateu nesta segunda-feira (20) as insinuações de que sua recondução ao cargo está ameaçada devido às investigações de políticos no esquema de corrupção na Petrobras. Segundo ele, sua atuação busca “investigar fatos e jamais instituições”, a fim de fortalecer a República, o “que passa necessariamente pelo funcionamento de um Senado altivo e de pé”.
Atendendo a um pedido do procurador-geral, o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou buscas em residências e escritórios do senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB-AL) e mais cinco políticos investigados na Operação Lava-Jato, o que provocou fortes reações no Congresso.
Em nota, Janot afirmou que a Constituição garante ao procurador-geral “investigações de forma sóbria e responsável” em relação às altas autoridades da República – ações que passam por supervisão do STF e do Superior Tribunal de Justiça. Janot disse ainda que a relação do Ministério Público com os outros Poderes é “de harmonia e, acima de tudo, de respeito”.
Desde março, quando o STF autorizou abrir inquéritos sobre 13 senadores e 22 deputados acusados de envolvimento com o caso, a permanência de Janot no cargo tem sido alvo de ataques. O movimento é articulado pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ambos investigados. (Folhapress)