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Política Procuradoria-Geral da República diz que oficiais do Exército passaram a “agir concretamente” pelo golpe após a eleição de Lula

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Nessa terça (20), o STF tornou réus 10 dos 12 acusados de participarem da trama golpista. (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)

A subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio Marques defendeu nessa terça-feira que a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebesse a denúncia contra os 12 integrantes do chamado “núcleo 3” da trama golpista. Para Marques, os militares e o policial federal acusados agiram por um golpe de Estado após perceberem que não seria possível reverter o resultado das eleições de 2022.

“Quando se deram conta que nada mais podia ser feito em relação às eleições, que transcorreram dentro dos rigorosos padrões de legalidade, passaram a agir concretamente para a efetivação do golpe de Estado”. afirmou a subprocuradora.

A Primeira Turma do STF analisou nessa terça-feira (20) a denúncia da PGR contra 12 pessoas, sendo 11 militares e um policial federal. Segundo a denúncia, reforçada por Marques, esse grupo planejou o sequestro do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e pressionou o Alto Comando do Exército a aderir ao plano golpista.

“O núcleo era composto essencialmente por integrantes das forças especiais, que, além de promover ações táticas para convencer e pressionar o Alto Comando do Exército aderir ao movimento golpista, exerceram relevante papel na execução das estratégias de ruptura do regime democrático, notadamente na parte envolvendo neutralização de autoridades”, disse Marques.

Nessa terça, o STF tornou réus 10 dos 12 acusados de participarem da trama golpista. Com o julgamento, só faltará analisar a denúncia contra uma pessoa, o economista Paulo Figueiredo Filho, que mora nos Estados Unidos.

Entre os que tiveram a denúncia contra si analisada nessa terça estava o general da reserva Estevam Theophilo, que era comandante do Comando de Operações Terrestres (Coter). Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ele “aceitou coordenar o emprego das forças terrestres conforme as diretrizes do grupo”.

Outro alvo foi o policial federal Wladimir Soares. Na semana passada, a Polícia Federal (PF) apresentou ao STF áudios nos quais Soares afirma que estava “preparado para prender” o Moraes, que iria “matar meio mundo de gente” e que “não ia ter” a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A defesa de Soares chegou a pedir o adiamento do julgamento, mas Moraes, que é o relator, rejeitou o pedido, alegando que os áudios não fazem parte da denúncia que será analisada.

Segundo a PGR, Soares e os militares Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo “lideraram ações de campo voltadas ao monitoramento e neutralização de autoridades públicas”. Esse grupo teria sido responsável pelo plano chamado de Copa 2022, de monitoramento do ministro do STF.

Outros sete militares foram acusados de “promoveram ações táticas para convencer e pressionar o Alto Comando do Exército a ultimar o golpe”. São eles: Bernardo Romão Correa Netto, Cleverson Ney Magalhães, Fabrício Moreira de Bastos, Márcio Nunes de Resende Júnior, Nilton Diniz Rodrigues, Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros e Ronald Ferreira de Araújo Junior. (Com informações do jornal O Globo)

 

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