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Economia Produtos de luxo importados estão mais baratos no Brasil do que nos Estados Unidos ou na Suíça

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Relógios da Montblanc são exemplos de itens de luxo que devem ser vendido com preço menor no País. (Foto: Reprodução)

No stand da Montblanc na principal feira de relógios de luxo do mundo, a apresentadora sequer mudou o tom de voz ao anunciar o preço de 1,7 milhão de reais (395 mil euros) por um relógio, o Navigator. Mas, entre os administradores da marca, o freio no mercado dos países emergentes e a desvalorização do real estão exigindo uma adaptação às realidades do mercado.

Entre 2007 e 2012, o Brasil passou a ser um dos principais focos de atração do setor de luxo do mundo. Dezenas de empresas compraram espaços nos shoppings mais sofisticados do País, de olho em um número cada vez maior de milionários e de uma classe média alta disposta a adquirir marcas globais.

Apesar da ofensiva, vender no Brasil era um desafio mesmo nos anos do boom. Com altas taxas de importação para bens de luxo, relógios terminavam com preços bem acima do que o comprador poderia encontrar na Europa ou nos Estados Unidos. Mas o entusiasmo era evidente entre as marcas. Hoje, o cenário é bem diferente e bastou uma visita ao Salão Internacional da Alta Relojoaria, que ocorreu recentemente em Genebra, na Suíça, para entender que o Brasil não está mais na lista de prioridades.

Alain dos Santos, CEO da Montblanc no Brasil, não esconde: a queda na economia nacional está tendo um impacto direto no setor do luxo. Mas sua empresa decidiu que iria se adequar aos novos tempos e, hoje, vende seus relógios e canetas de luxo com preços mais baixos que Miami (EUA), ou Genebra. “Temos de nos adaptar, fazer os planos de negócios sobre a realidade de hoje”, disse o executivo. Segundo ele, já em 2013 a empresa sentiu os principais sinais “preocupantes” em relação ao Brasil. “Mas em 2015 ficou realmente difícil. A realidade é que o mercado foi abalado e o custo Brasil piorou”, frisou.

Resistência.

Ele aposta que os símbolos e empresas mais tradicionais do luxo, e que já estavam presentes há anos no Brasil, vão resistir. “As empresas que chegaram por último serão as primeiras a sair. O mercado vai diminuir ainda mais. Mas vamos ganhar espaço de mercado.” A sobrevivência foi adequar os preços, justamente para que a desvalorização do real não tornasse inviável a venda dos produtos. “Os brasileiros costumavam comprar fora os produtos. Em 2012, tentamos incentivar o consumo local, reduzindo os preços e sacrificando a margem de lucro”, explicou.

Em 2015, a desvalorização acelerada da moeda brasileiro exigiu uma nova estratégia. “Nosso preço em real deveria ser reajustado a cada mês. Mas não o fizemos. Foram apenas dois reajustes em 2015”, explicou. “Hoje, nosso produto no Brasil é mais barato que na Suíça ou Miami, isso já incluindo o imposto. Nesse aspecto, 2016 é uma oportunidade, porque as marcas mais consolidadas vão se fortalecer”, insistiu.

O Brasil, porém, não é a única preocupação das marcas de luxo. Em 2015, pela primeira vez desde 2008 quando eclodiu a pior crise econômica desde 1929, o setor sentiu o freio nas economias asiáticas, sobretudo na China. (AE)

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https://www.osul.com.br/produtos-de-luxo-importados-estao-mais-baratos-no-brasil-do-que-nos-estados-unidos-ou-na-suica/ Produtos de luxo importados estão mais baratos no Brasil do que nos Estados Unidos ou na Suíça 2016-01-31
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